Durante a campanha no ano passado, em entrevista ao jornal “A Notícia”, Carlos Moisés afirmou ter consciência de que a participação do governo do Estado no custeio do Hospital São José é uma demanda de pelo menos duas décadas e de que a unidade, apesar de municipal, realiza atendimento regional. No entanto, durante a visita à cidade, ele informou que ainda não há possibilidades de estadualização.

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– Temos que consultar a viabilidade técnica junto à Secretaria de Saúde. Estamos vendo as possibilidades de ajustes de termos de cooperação com todos os hospitais de Santa Catarina. Estamos recebendo o Estado em uma condição financeira não muito favorável, inclusive para investimento em infraestrutura, saúde e educação – salientou.

O assunto também foi tema da reunião de Moisés com o prefeito de Joinville, Udo Döhler. O encontro ocorreu na sede da Prefeitura. De acordo com o prefeito, ele pediu atenção no repasse de recursos para a saúde, em especial ao São José. Udo Döhler destacou que o hospital atende, atualmente, uma população de quase 1,4 milhão de habitantes ao receber pacientes de toda a região – número que corresponde a praticamente o dobro dos moradores de Joinville.

Em junho de 2018, o então governador Eduardo Pinho Moreira firmou compromisso de repasse de R$ 3 milhões mensais para o São José. Segundo o prefeito, os repasses ainda não foram realizados neste ano e o governo estadual anterior deixou de pagar outras duas parcelas.

Eixo Industrial e região metropolitana em pauta

Entre os pedidos de Udo Döhler ao governador estava também que a discussão da região metropolitana seja retomada. Segundo o prefeito de Joinville, ela é indispensável para a região, mas em um modelo diferente do que foi discutido nos últimos anos.

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Outra demanda antiga da região, a duplicação e revitalização do Eixo Industrial Norte – que chegou a ganhar edital de licitação em 2017, mas nunca foi aberto – continua sem data para execução. Assim como a pavimentação da rua Prudente de Moraes, para a qual o governo estadual havia se comprometido a repassar R$ 3,9 milhões.

Segundo Carlos Moisés, há promessas do governo anterior, mas sem a separação da fonte de custeio para essas ações os compromissos firmados não significam muita coisa.

— Sair por aí assinando compromissos e depois não se sustentarem porque não tem a parte financeira para execução da obra não é um papel nosso. Vamos trabalhar com muita responsabilidade e quando anunciarmos uma ação, ela será de fato concretizada — afirmou.

Sem anúncios de prazo para obras

O governador não assumiu nenhum prazo e comentou que o primeiro desafio do governo em relação às rodovias é o processo de manutenção. Por isso, ele vê com bons olhos a opção de realizar parcerias com as associações de municípios e com os prefeitos por meio de consórcios.

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— Os prefeitos querem fazer, estão nos procurando para isso.Eles mesmos recuperam suas vias, pavimentam e fazem a manutenção – afirmou.

Ainda que confirme que os planos de manutenção que estão em execução são apenas “tapa-buracos”, Moises respondeu que o Estado não tem verba para outras propostas.

– A gente precisa avançar, e para isso precisamos de um orçamento mais pesado. Precisaríamos de pelo menos R$ 200 milhões para que tivesse condição de melhoria de fato em termos de manutenção e revitalização das rodovias – avaliou.