O Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) prorrogou por mais seis meses o afastamento de Osni Francisco de Fragas, o Lorinho (PSDB), do cargo de prefeito de Ituporanga, no Alto Vale do Itajaí. O pedido foi feito pelo Ministério Público (MPSC). O chefe do Executivo já está afastado das funções desde que foi deflagrada a Operação Reciclagem II, em julho do ano passado, que apurou crimes contra a administração pública relacionados à coleta de lixo no município.
Continua depois da publicidade
> Notícias por WhatsApp. Clique aqui e entre no grupo do Santa
O requerimento para que fosse prorrogado o afastamento de Lorinho foi feito por um suposto descumprimento de ordem judicial. Segundo o MPSC, ele havia mantido contato com outros denunciados e testemunhas no processo, o que tinha sido proibido pela Justiça. Ainda conforme o MPSC, o prefeito de Ituporanga teria “afirmado que, ao retornar às funções, iria administrar para os seus amigos”.
O prefeito e outros ex-integrantes do primeiro escalão de Ituporanga já são réus em uma ação penal. O MPSC apontou supostas fraudes em processos licitatórios, dispensas de licitação, corrupção ativa, passiva, peculato e organização criminosa. O subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Jurídicos do Ministério Público, Fábio de Souza Trajano, aponta todas as denúncias estão amparadas por provas obtidas ao longo da investigação.
Contraponto
Procurado pela reportagem, o prefeito Osni Francisco de Fragas, o Lorinho, disse que os advogados ainda não foram notificados dessa decisão. Mesmo assim, garantiu que a defesa irá recorrer. Ele diz estar “inconformado” e “perplexo” com a prorrogação do afastamento do cargo.
Continua depois da publicidade