O prefeito de Herval d`Oeste, Nelson Guindani (PSD), orientou os funcionários da UPA 24 horas a suspenderem o atendimento a pacientes encaminhados pelas secretarias de saúde de Água Doce, Catanduvas, Ibicaré e Treze Tílias. Guindani reclama que estes municípios não têm ajudado com os custos.

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A unidade de pronto-atendimento recebe mensalmente R$ 170 mil do Ministério da Saúde e R$ 60 mil de seis municípios da região, mas para manter tudo funcionando é preciso R$ 350 mil. Quem está pagando os R$ 120 mil que faltam é Herval d´Oeste e Guindani não quer mais pagar pelo atendimento de pacientes vindos de municípios que não estão colaborando.

Só em 2015, a UPA de Herval realizou 46 mil atendimentos. Mil deles para pacientes dos quatro municípios questionados. Os prefeitos dessas cidades justificam que não há convênio entre suas prefeituras e a UPA e, portanto, não devem nada. Guindani diz que não existe convênio porque esse prefeitos se recusaram a assiná-lo.

As primeiras reuniões para tornar a UPA uma realidade foram feitas em 2009. Como nenhum dos 11 municípios tem 50 mil habitantes, o atendimento regional foi a alternativa encontrada para convencer o governo Federal a implantar a unidade no Meio-Oeste. Na época ficou acertado que cada município iria repassar o equivalente a R$ 1,50 por habitante. Pela portaria do Ministério da Saúde, além dos municípios beneficiados, o governo do Estado também deveria auxiliar na manutenção do serviço, mas até agora não repassou nenhum real.

A Secretaria de Estado da Saúde informou que não dispõe de um cofinanciamento definido para as UPAs habilitadas em Santa Catarina e que não há nada orçado para a UPA de Herval.

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