O prefeito de Gravatal Edvaldo Bez de Oliveira (MDB) teve o mandato cassado nesta quinta-feira. A sessão na Câmara de Vereadores, que durou mais de cinco horas, determinou o afastamento do chefe do Executivo por seis votos a três. Ele é acusado de irregularidades envolvendo o repasse do duodécimo, aluguel de máquinas agrícolas e por não responder os pedidos de informações feitos pelo Legislativo.
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Segundo o relatório da Comissão Processante, foram três pontos que levaram à cassação do prefeito. O duodécimo, que é o repasse de recursos da Prefeitura para a Câmara, estava abaixo do aprovado na lei orçamentária segundo os vereadores, e de R$ 118 mil mensais, eram repassados R$ 70 mil. A prestação de contas sobre o aluguel de máquinas agrícolas e o uso dos recursos, referente a 2017, também foi reprovado, e o último ponto foi a falta de respostas às solicitações da Câmara.
O vice-prefeito Wanderlei Marega (MDB) assume a prefeitura nesta sexta-feira. Bez disse que irá recorrer da decisão, que considera uma injustiça com Gravatal, e não com ele, que depois é empresário e vai seguir a vida normalmente até que o assunto se resolva. Ele criticou os vereadores e disse que espera tranquilo a decisão da Justiça.
— O que foi feito em Gravatal hoje foi uma vergonha. Nós temos seis vereadores, tenho certeza mal intencionados, não existe motivo nenhum (para a cassação) e está provado, tanto que ontem foram lidos os depoimentos, e nenhum das questões que eles alegam têm fundamento — comentou.
Sobre o duodécimo, o prefeito disse que tem repassado muito além do que as gestões anteriores, na ordem de R$ 48 mil mensais a mais, que ao final do mandato devem somar R$ 2,3 milhões. Ele disse que vai aguardar a ação do jurídico da Prefeitura para poder retornar ao cargo.
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— Vou passar o cargo para o vice-prefeito até ver o que vai acontecer lá na frente. Não tem cabimento o que estão fazendo, não mereço isso. Sou um homem correto, honesto, ando de cabeça erguida. Meu pai sempre dizia, quem não deve, não teme — concluiu.