Uma das obras prioritárias para a região da Grande Florianópolis, o novo terminal do Aeroporto Hercílio Luz é uma obra sem prazo para ficar pronta. O pedido de rescisão feito pela Infraero, para romper o contrato com a empresa Espaço Aberto, já repercute nas entidades civis da cidade e também junto à prefeitura.

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– Essa empresa tem provocado prejuízos gigantescos à cidade e, se esse é um país que tem lei, deveria ser proibida de contratar novamente com a administração pública. O aeroporto é uma das nossas maiores necessidades. É a nossa perna manca da economia do Turismo na cidade – disse o prefeito Cesar Souza Junior.

Cesar Souza também afirmou que, além do prejuízo turístico, pode haver um prejuízo para a população de 80 mil moradores que mora no Sul caso a empresa decida rescindir seu contrato para as obras do acesso à esse novo terminal – uma obra estadual, que o Deinfra afirma estar avançando dentro do cronograma.

– Eu acho que tem que ser aplicado, inclusive, um pedido de ressarcimento por perdas e danos à cidade e ao seu contratante, o Estado – disse o prefeito.

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Presidente da Associação Empresarial da Região Metropolitana da Grande Florianópolis (Aemflo), Marcos Antonio Cardozo comenta que há nesses encerramentos de contrato, também, falhas de gestão por parte do Estado e de outras entidades do Poder Público.

– Nós vamos ter aí uma nova temporada com a ampliação do aeroporto muito longe de ser concluída, com a acesso aos Ingleses pela metade, o viaduto de Canasvieiras que não saiu do papel, a ponte Hercílio Luz que vai para mais um atraso, com décadas de atraso – disse o presidente da Aemflo, que emendou – Isso, na nossa visão, prova que a gestão está sendo ineficiente.

Ele lembra também que a demanda das entidades era por um aeroporto regional, fora da Ilha. Mas a decisão política foi por ampliar o atual, que opera há dez anos com praticamente a mesma capacidade. Lamentou, no entanto, o atraso. Se a escolha foi pela ampliação, ao menos os prazos deveriam ser cumpridos, afirmou.

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Ainda na questão dos prejuízos turísticos, o presidente do Florianópolis e Região Convention & Visitors Bureau, Marco Aurélio Floriani, disse que os atrasos, que devem levar a quebras contratuais, são um desrespeito com a cidade com empresários e funcionários do setor do Turismo na Capital.