O prefeito de Capivari de Baixo, Vicente Corrêa Costa (PSD), também virou réu no processo da Operação Mensageiro, que apura a suspeita de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo em diversas regiões de Santa Catarina. A decisão ocorreu na tarde desta quinta-feira (13) por unanimidade dos membros da 5ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC).
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Ele foi denunciado por corrupção passiva. Vicente foi preso na segunda fase da Operação, deflagrada em fevereiro. A defesa dele foi feita pelo advogado Eduardo Faustina da Rosa.
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Além dele, também viraram réus no processo os prefeitos Deyvisonn da Silva de Souza, de Pescaria Brava, e Luiz Henrique Saliba, de Papanduva. Ambos permanecem presos.
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O advogado de defesa do prefeito de Capivari de Baixo, Eduardo Faustina da Rosa, informou que provará a inocência do chefe do executivo, já que a licitação e o contrato com a empresa foram feitos na gestão anterior.
— Durante a instrução criminal a defesa provará a inocência, bem como que ele não integra organização criminosa, tão pouco praticaram qualquer crime de corrupção, principalmente porque a licitação e o contrato público foram feitos na gestão anterior — pontua.
Operação Mensageiro
A investigação do “escândalo do lixo” teve início a pouco mais de um ano e é coordenada pela Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos do MPSC. Ela apura a suspeita de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo em diversas regiões de Santa Catarina.
A primeira fase ocorreu em 6 de dezembro do ano passado, quando foram cumpridos 15 mandados de prisão preventiva e 108 mandados de busca e apreensão. Nesta etapa, quatro prefeitos foram presos: Deyvisonn Souza (MDB), de Pescaria Brava, Luiz Henrique Saliba (PP), de Papanduva, Antônio Rodrigues (PP), de Balneário Barra do Sul e Marlon Neuber (PL), de Itapoá. Ainda foram apreendidos R$ 1,3 milhão em espécie e foi determinado o bloqueio de mais R$ 280 milhões dos investigados.
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Já a segunda etapa ocorreu em 2 de fevereiro, onde foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e 14 de busca e apreensão. Entre os presos, estavam os prefeitos de Lages, Antônio Ceron (PSD), e de Capivari de Baixo, Vicente Corrêa Costa (PL)
Por fim, em 14 de fevereiro, foi deflagrada a terceira fase onde foram presos o ex-deputado estadual e prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli (PP), e o vice, Caio Tokarski (União Brasil).
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