A Justiça determinou a perda do cargo do prefeito de Bom Retiro, Vilmar José Neckel (PP), por improbidade administrativa. Ele também teve os direitos políticos suspensos por três anos e terá que pagar multa de R$ 11,6 mil. O prefeito já estava afastado do cargo por decisão judicial.
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Vilmar teria contratado a própria advogada para defender o município da Serra catarinense em processo no qual é acusado de causar prejuízos em mais de R$ 195 mil quando era secretário de Obras. A decisão foi proferida nesta segunda-feira (9) pelo juiz Edison Alvanir Anjos de Oliveira Júnior, de Bom Retiro, e foi divulgada pelo Tribunal de Justiça (TJSC).
De acordo o TJSC, no processo os réus alegaram que a contratação foi feita de maneira emergencial porque a procuradora do município estava em férias. A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Neckel.
Em ação do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o prefeito e a advogada foram acusados de violação aos princípios da administração, já que a defensora não fez concurso para atuar como servidora e a prefeitura tinha uma procuradora municipal exercendo cargo comissionado. A contratação da advogada também não foi feita por meio de licitação, como determina a lei.
A advogada teve a suspensão dos direitos políticos por três anos e foi condenada à multa civil de R$ 11,5 mil.
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Conforme o TJSC, Neckel responde a nove processos por improbidade, sendo quatro como prefeito e outros cinco enquanto secretário municipal. É réu ainda em duas ações penais, uma por porte e posse de armas e outra por falsidade ideológica. Em uma das ações, a Justiça determinou o afastamento das funções até fevereiro de 2020. Os réus podem recorrer da decisão ao TJSC.