A iniciativa do governo do Estado em encaminhar à Assembleia Legislativa projeto de lei que cria a Região Metropolitana da Grande Florianópolis, prevendo implantação de inovadores mecanismos de planejamento e articulação regional, trata-se de importante avanço para a gestão do crescimento urbano. Áreas como abastecimento de água e saneamento, destino dos resíduos sólidos e utilização sustentável do lixo são problemas que transcendem à gestão municipal e exigem ação e compromisso regionalizados.

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O processo intenso de conurbação da região é inevitável, de complexidade crescente e exigirá dos agentes públicos, tanto na esfera executiva como na legislativa, construção de alternativas que atendam às necessidades da região respeitando as especificidades de cada município. Isso se dá de forma evidente com a crítica situação da mobilidade urbana, em que através do Plamus, um amplo estudo técnico da SC Parcerias, BNDES e municípios, se elaborará plano de longo prazo para gestão e investimentos na questão.

Todavia, há pontos relevantes que exigem esforço de imediato dos gestores públicos municipais. Cito em especial o problema do transporte coletivo, já que sua melhoria efetiva é fator fundamental para sucesso de qualquer plano de mobilidade, considerando-se também seu caráter social. A partir de Biguaçu, com adesão de Antônio Carlos e Governador Celso Ramos e apoio técnico do Deter, propusemos a elaboração de projeto de integração do transporte coletivo dos três municípios para posteriormente licitar a concessão das linhas intramunicipais e intermunicipais, em um formato que garanta qualidade de serviços e tarifas economicamente sustentáveis e socialmente justas.

O desafio aos gestores está posto, pensar regionalmente e agir localmente. Temos convicção de que estamos no caminho certo.

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