O prefeito de Balneário Camboriú, Fabrício Oliveira (Podemos), fez críticas ao governo Carlos Moisés (PSL) em entrevista na manhã desta quarta-feira (27) ao Bom Dia Santa Catarina, da NSC TV. Ele reclamou de falta de diálogo com o governo e afirmou que ainda não houve sinalização por parte da administração estadual para reforçar a rede de saúde da região no combate ao novo coronavírus.
Continua depois da publicidade
Fabrício Oliveira cobrou mais leitos de UTI (Unidades de Tratamento Intensivo) para que a cidade possa receber pacientes de outros municípios sem que o sistema de saúde fique superlotado.
Nesta semana, a falta de leitos de UTI para atender aos pacientes graves com a Covid-19 passou a ser uma preocupação nas cidades da região. Em Itajaí, na segunda-feira, todos os 15 leitos intensivos do Hospital Marieta Konder Bornhausen estavam ocupados.
— Não tivemos uma sinalização ainda do governo do Estado, aliás nem no começo da pandemia, para que nós pudéssemos ampliar (a rede de saúde), já que o Marieta (Hospital Marieta Konder Bornhaunsen, de Itajaí) agora está com a sua capacidade toda sendo utilizada com Covid-19 — disse o prefeito de Balneário Camboriú.
— O que nos preocupa é a falta de planejamento do governo de Estado em relação à saúde regional e a falta de diálogo num momento em que temos que potencializar os hospitais — completou.
Continua depois da publicidade
Por mais de uma vez, o prefeito Fabrício Oliveira ressaltou que a maior preocupação no momento é em relação aos pacientes de outras cidades que precisam ser atendidos em Balneário Camboriú. Segundo ele, os casos entre os moradores da cidade ainda impactam pouco a rede municipal, mas ela poderá ficar sobrecarregada por conta da demanda de outros municípios.
No momento, Balneário Camboriú soma 284 casos por Covid-19 e duas mortes, de acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES) atualizados na noite desta terça (26). O prefeito informou que o centro de saúde montado na cidade para atendimento da Covid-19 está com 55% de lotação nos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
O que diz o governo de SC
Por meio de nota, a secretaria de Saúde de Santa Catarina disse que ampliou a quantidade de leitos de "UTI em hospitais públicos e filantrópicos em menos de 60 dias, o que representa um aumento de 40% da capacidade instalada". Leia a nota na íntegra:
"A Secretaria de Estado da Saúde ressalta que desde sua criação, o COES (Centro de Operações de Emergência em Saúde) vem trabalhando com equipe técnica capacitada para o planejamento e atendimento das demandas de todas as regiões do estado. Houve a ampliação de 396 leitos de UTI em hospitais públicos e filantrópicos em menos de 60 dias, o que representa um aumento de 40% da capacidade instalada.
Continua depois da publicidade
O Governo também derrubou as matrizes de avaliação da nova política hospitalar catarinense para possibilitar que todos os hospitais inseridos recebessem o valor total durante o combate à Covid. Para o Hospital Ruth Cardoso, qualificado como porte III, isso significaria um aporte mensal de R$ 450 mil (quatrocentos e cinquenta mil reais).
Entretanto, a SES ainda aguarda, desde a criação da Política Hospitalar Catarinense, o envio da documentação por parte da prefeitura de Balneário Camboriú."