Dezoito secretários, presidentes de fundação e diretores deixarão a Prefeitura de Joinville até 6 de abril. É essa a data limite para a desincompatibilização de cargos de primeiro e segundo escalões para quem quiser disputar a eleição, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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A troca de cadeiras envolverá 40% dos 40 cargos do secretariado de Carlito Merss (PT), além de dois nomes do segundo escalão. O objetivo da saída em massa é a busca por vaga na Câmara de Vereadores.

Dos que deixarão o governo, 11 são do PT. PP e PDT sairão de três postos. O PR, que tinha Adauto Moreira na Secretaria Regional do Boa Vista, deixou nesta segunda a função.

Moreira faz parte do grupo de sete cargos do PR que desembarcou do governo visando a uma candidatura própria do partido com o Dr. Xuxo. Mas como parte do PR ainda deseja manter a aliança com o PT, Adauto foi substituído por Wilson José Mira na regional do Boa Vista.

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A administração Carlito vinha mapeando desde o começo do ano nomes de quem deixaria o governo para concorrer ao Legislativo. Além de levar em conta o potencial de voto, os petistas buscaram nomes em bairros em que o partido não tem representante, como o Boehmerwald, Paranaguamirim e Itaum.

– Temos que aproveitar nossas ações nas regionais para buscar votos -, diz Írio Côrrea, presidente do PT de Joinville.

O PT estimulou a saída de outros nomes do governo, como o presidente da Conurb, Francisco de Assis. “Não estava no plano, mas se for melhor pra sigla, serei candidato. É uma honra tentar ser vereador”, diz.

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Carlito Merss decidiu que não se afastará do governo durante o período eleitoral.

– Não há motivos para que o prefeito deixe o cargo. Ele continuará se focando nos assuntos importantes para a cidade -, diz o chefe de gabinete Eduardo Dalbosco.

A lei permite que o prefeito se mantenha no cargo.

Além dos nomes que confirmaram a saída do governo, a Prefeitura calcula que existirão mais 30 saídas no terceiro escalão. Quem está nesses cargos pode se desincompatibilizar até três meses antes das eleições.

Solução caseira para preencher as cadeiras

Se ainda não tem os nomes exatos dos substitutos, a Prefeitura tem certeza de que a solução será caseira. Segundo o chefe de gabinete Eduardo Dalbosco, a orientação é subir quem está no cargo abaixo de quem deixou a posição.

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– Nossa ideia é que essa situação é provisória. São como licenças de seis meses. Esses nomes retornarão ao cargo depois de concorrer a vereador. Então, não há por que mexer nas composições -, explica.

Nomes de fora só viriam, segundo Dalbosco, para privilegiar algum acordo político feito entre pelo PT com outra sigla.

– Casos excepcionais de arranjos políticos podem resultar numa mudança, mas só assim -, disse.

A Prefeitura deve nomear o diretor-executivo José Teixeira Chaves como secretário de Habitação, depois da saída de Alsione Gomes de Oliveira. A diretora-executiva Neide Solón deve substituir Rosemeri Costa na Assistência Social.

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