A prefeita de São José, Adeliana Dal Pont, defende que travessia marítima em direção à Ilha deve partir da Beira-Mar da cidade, e não da Ponta de Baixo, como prevê o projeto anunciado no final do ano passado. Em entrevista a Renato Igor, durante a cobertura do Carnaval na noite de sábado, Adeliana disse que falta diálogo:
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— Se discute transporte marítimo mas não senta com a prefeita da cidade que precisa, por exemplo, autorizar o uso do trapiche?
Adeliana diz que, se partir da Ponta de Baixo, o projeto pode ser inviável. Mas questiona quem irá arcar com a construção de um trapiche na Beira-Mar, onde há estacionamento e maior densidade demográfica.
— Tem de construir um trapiche. Todo mundo quer explorar, mas ninguém quer fazer um investimento, querem que a prefeitura o faça. Não é assim que vai acontecer. Eu ouço pela imprensa que vai ser na Ponta de Baixo. Na Ponta de Baixo não tem lugar para estacionar. Precisa sair da Beira-Mar de São José. Já falei isso muitas vezes aos interessados. Tem bolsão de estacionamento gratuito. Para não fazer investimento em um trapiche, vão levar à ponta de baixo, onde não vai ter a resposta que gostaríamos que tivesse — alerta.
Em novembro, o presidente do Departamento de Transportes e Terminais (Deter), Fúlvio Brasil Rosar Neto, disse à CBN Diário que o transporte marítimo seria implantado “em janeiro ou fevereiro”, partindo da Ponta de Baixo. O proprietário da BB Barcos, Raul Machado, confirmou que teria condições de inciar o serviço.
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Em 11 de janeiro, o colunista Anderson Silva informou que ainda faltavam licenciamentos para implantar o projeto.
elo que foi anunciado na época, o serviço deveria começar com dois catamarãs com capacidade para 200 passageiros cada, ligando São José a Florianópolis. O valor estimado da passagem será de R$ 9. Na Ilha, o terminal de embarque será atrás do CentroSul. Em São José, na Ponta de Baixo. As embarcações são as mesmas que operam na ligação entre Porto Alegre e Guaíba, fabricadas em Imbituba. Todo o investimento é privado. A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) autorizou empresa de Santa Catarina por, em até dois anos, fazer todos os aportes.
Procurado pela CBN nesta segunda-feira (04/03), Fúlvio Brasil Rosar Neto disse que o projeto ainda depende de licenciamentos ambientais. Ele confirmou o embarque na Ponta de Baixo, mas ressalvou que isso é apenas um começo do projeto.
Ouça a entrevista da prefeita Adeliana Dal Pont, que falou ainda sobre as obras no Centro Histórico e o apoio ao Carnaval:
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