O prédio entre as ruas Conselheiro Mafra e Ministro Calógeras no centro de Joinville, que até 2009 abrigava o Centro de Educação Infantil Padre Carlos, hoje dá lugar a um morador de rua, entulhos e muita sujeira. A situação incomoda os moradores do entorno, que ficam indignados com o abandono da estrutura pública.
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MURAL: você estudou no CEI Padre Carlos? Conte sua história
O morador de rua que vive no que um dia foi a entrada do CEI, conta que está ali desde 2011, quando se separou da mulher.
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– Decidi ficar sozinho, só eu e Deus – conta, ao apontar para a data de sua chegada, gravada a caneta em um dos pilares da entrada, 26 de abril de 2011.
Na parte de dentro da construção, cujo acesso se dá por um portão na Ministro Calógeras, que não está trancado, se encontra ainda mais descaso. A grama que antigamente preenchia o jardim já foi completamente vencida pelo mato, que agora também tenta encobrir os brinquedos do parquinho deixados no quintal.
Ao pisar no corredor do prédio, o cheiro de urina inunda as narinas. No chão há muito lixo. Em uma das salas, é possível encontrar tijolos em perfeitas condições de uso, há também carteiras de professores, além das placas e avisos que lembram o tempo todo que um dia o local serviu para a educação infantil.
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Conforme a Secretaria de Desenvolvimento Regional, foram discutidos informalmente vários destinos para o local, entre eles a de transformar o prédio em um centro de estudos aberto à comunidade. Também se cogitou tornar o prédio uma delegacia da Polícia Civil, mas nenhuma das ideias foram viabilizadas. E, de acordo com a SDR, a posição atual é que não há definição sobre o que fazer com as instalações.
Na tarde desta quinta-feira, um funcionário da secretaria esteve no local para avaliar a situação do prédio e marcar uma nova limpeza para o local. Em julho deste ano os internos da Penitenciária realizaram a limpeza da estrutura, que também incluiu a jardinagem do terreno.
O CEI Padre Carlos foi interditado em 2009, logo após o processo de municipalização da educação infantil, por problemas de estrutura física. Na época, os alunos de dois a cinco anos foram transferidos temporariamente para a Escola Celso Ramos. Em 2010, a Secretaria Municipal de Educação preferiu transferir os alunos do CEI Padre Carlos, para outros CEIs.
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