O complexo da antiga rodoviária de Florianópolis deve ser totalmente interditado, desocupado pelos comerciantes e possivelmente demolido após recomendação do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) nesta segunda-feira (25). Rachaduras na concretagem do prédio, infiltrações nas paredes e outras irregularidades estruturais e elétricas há vários anos são as principais causas para a demolição.
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De acordo com vistoria técnica feita pela Defesa Civil e pelo Corpo de Bombeiros Militar (CBMSC), a ausência de manutenções nas instalações elétricas e o deslocamento do revestimento do reboco e da pintura do edifício causam sérios riscos à população e à integridade da construção.
Além disso, o prédio também não conta com atestado de funcionamento válido, sistemas de emergência ou prevenção a incêndios e nem equipamentos de acessibilidade.
A prefeitura do município acatou a decisão do MPSC e vai interditar o prédio da antiga rodoviária da Capital catarinense, deliberar um prazo de desocupação dos comerciantes que atuam ali (muitos deles sem alvará de funcionamento) e debater, nas próximas semanas, a possibilidade de demolição do edifício, visto que uma reforma das estruturas, a princípio, não seria viável.
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Comércio e circulação de pessoas
Construído na década de 1950 e concebido como terminal rodoviário, o edifício abandonado há décadas está localizado na esquina da avenida Mauro Ramos com a avenida Hercílio Luz, no Centro da Capital, local que atende diversos estabelecimentos comerciais e com grande circulação de pessoas.
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Ou seja, um possível colapso da estrutura poderia impactar todo o entorno do imóvel público, onde estão instaladas escolas, maternidades e residenciais para idosos.
— A vida humana é um bem jurídico inegociável e o Ministério Público não economizará esforços, nem ações, para a sua total proteção — destaca o Promotor de Justiça responsável pelas investigações, Daniel Paladino.
Veja imagens da estrutura externa do edifício da antiga rodoviária de Florianópolis
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