As famílias de baixa renda continuaram a sentir os efeitos da deflação em agosto, embora de forma menos intensa do que em julho. Isso é o que mostra o Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1), usado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos. O indicador caiu 0,44% em agosto, após mostrar queda de 0,56% em julho, informou hoje a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com o resultado, o índice acumula altas de 3,75% no ano e de 3,99% em 12 meses.
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A taxa do IPC-C1 em agosto ficou abaixo da deflação média apurada entre as famílias mais abastadas, com renda mensal entre 1 e 33 salários mínimos, mensurada pelo Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR). Este indicador mostrou deflação de 0,08% em agosto. Porém, a taxa de inflação acumulada no ano do IPC-C1 foi maior que a apresentada no mesmo período pelo IPC-BR, que subiu 3,34%. Nos 12 meses encerrados em agosto, o IPC-BR mostrou avanço de 4,06%.
Das sete classes de despesa usadas para cálculo do IPC-C1, três apresentaram quedas menos intensas ou acelerações de preços em suas taxas de variação, de julho para agosto. É o caso de alimentação (de 1,54% para 1,19% negativos), vestuário (de 1,11% para 0,08% negativos) e habitação (de 0,19% para 0,20%).