Lançamentos, novidades e anúncios marcaram a indústria automotiva em 2024. Confira os acontecimentos mais importantes para entender o cenário do setor neste ano que termina.

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Programa de Mobilidade Verde

No último dia de 2023, o governo federal anunciou o Programa de Mobilidade Verde (Mover) – uma continuação do Rota 2030, com mais incentivos ao setor.

Novas metas de eficiência energética, aumento da localização de componentes, criação de um programa mais robusto de reciclabilidade e fomento da inovação são requisitos para que as empresas invistam em troca de créditos financeiros. Ou seja, quanto mais sustentável e inovadora for uma empresa, mais benefícios fiscais ela poderá receber.

Programa de Mobilidade Verde é continuação do Rota 2030 (Foto: Divulgação)

Alta nos investimentos

O anúncio do Mover melhorou o ambiente de negócios, trouxe mais previsibilidade e incentivou boa parte das montadoras a renovar a confiança no país. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), mais de R$ 130 bilhões serão injetados na indústria nos próximos anos, em novos ciclos de investimentos.

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A hibridização é a bola da vez, com boa parte dos investimentos sendo direcionada a modelos inéditos e a motores híbridos flex.


Com alta nos investimentos, montadoras renovam confiança no Brasil (Foto: Lucia Camargo Nunes, Divulgação)

O barulho dos eletrificados

O governo federal voltou a cobrar imposto de importação para veículos híbridos e elétricos de forma gradual até julho de 2026, quando a alíquota chegará a 35%. Hoje, híbridos pagam 25%, híbridos plug-in 20% e elétricos 18%.

Um dos efeitos foi a antecipação de importações. De acordo com a Anfavea, importadoras começaram a trazer eletrificados para pagar menos impostos, chegando a registrar 80 mil veículos em estoque e lotando os portos. A entidade faz pressão para que o governo federal antecipe a cobrança dos 35% antes do que foi determinado e ainda defende aumento maior para a alíquota, a exemplo do que fizeram EUA, Canadá e países europeus como medidas protecionistas.


Alíquota de importação chegará a 35% em julho de 2026 (Foto: BYD, Divulgação)

Novos chineses na área

Depois do sucesso de vendas da BYD e GWM, novas marcas chinesas surgem, prometendo trazer veículos eletrificados e até a produzir no Brasil. Omoda, Jaecoo, Neta e GAC já afirmaram que se juntarão à BYD e GWM e terão fábricas no País. A Zeekr iniciou a venda de dois elétricos chineses.

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Na contramão, a Seres suspendeu suas atividades em julho, fechou as duas concessionárias, em São Paulo e no Rio de Janeiro, e colocou lotes de veículos à venda em leilão. À época, a empresa informou que retornaria após reestruturação no início de 2025.

Carros cada vez mais caros

O Brasil deve celebrar a venda de 2,6 milhões de veículos novos em 2024, um crescimento em torno de 15% sobre o ano de 2023. O número representa o maior avanço do mercado desde 2007, embora cerca de 50% dos emplacamentos tenha sido direcionada às vendas para locadoras e frotas de empresas.

Ao mesmo tempo, os carros estão cada vez mais inacessíveis à maioria dos consumidores. De acordo com dados do consultor automotivo Milad Kalume Neto, o ticket médio hoje do carro novo está em R$ 152 mil. Esse valor é cerca de 8% acima do registrado em dezembro de 2023.

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Ticket médio do carro novo hoje está em R$ 152 mil (Foto: Freepik, Reprodução)

Por Lucia Camargo Nunes da @viadigitalmotorsoficial.

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