O custo de uma ida à praia pode variar conforme o destino escolhido. O Sol Diário pesquisou os preços de alguns dos principais produtos vendidos nas praias mais frequentadas da região. A exemplo do ano passado, a lista inclui água mineral, água de coco, caipirinha, churros, milho e picolé de limão. A variação, desta vez, chegou a 500%.

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> Confira os preços dos itens pesquisados em seis praias do Litoral Norte <

O picolé mais uma vez foi o que registrou a maior variação – ano passado, havia ficado em 150%. Pode custar R$ 1 no Gravatá, em Navegantes, e R$ 5 na Praia Central, em Balneário Camboriú. Uma das causas é a oferta de marcas distintas em cada praia. Os picolés vendidos com preços menores são de marcas regionais, já os mais caros são fabricados por empresas conhecidas nacionalmente.

– Nesse item temos que avaliar que o custo do produto regional é muito menor que o nacional, pois os valores envolvem uma logística proporcional em relação a transporte, entre outros aspectos, e até a própria marca – ressalta o supervisor da Agência Acadêmica de Turismo da Univali, Athos Henrique Teixeira.

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O picolé, porém, não é o único a variar entre uma praia e outra. Outra campeã na diferença de preços é a caipirinha. O Sol Diário pesquisou a versão do drinque com vodca e encontrou a mesma bebida sendo vendida por R$ 9, em Bombinhas, e por R$ 15, na Praia Brava.

A menor diferença está na água mineral e água de coco, que não passou de 20% entre as praias. Já o milho, por sua vez, variou 33,3% de uma praia para outra, com preços entre R$ 3 e R$ 4.

Destaque para o churros que não teve variação de preço, R$ 4, nas cinco praias onde foi encontrado – na Praia Alegre, em Penha, a única barraca que vende o produto estava fechada.

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Comodidade

Em quatro das seis praias pesquisadas os turistas podem optar pela comodidade de alugar cadeiras e guarda-sóis no local. Em Balneário Camboriú, Bombinhas e Itajaí, a diária dos itens custam R$ 5 e R$ 10, respectivamente. Em Itapema o serviço é tabelado pela Associação dos Locadores de Cadeiras, Guarda-sol e Pranchas e a diária custa R$ 7. Já o aluguel da prancha é cobrado por hora e tem duas opções: R$ 5 por uma ou R$ 10 por três horas.

Praia Central aparece como a mais cara

A Praia Central, em Balneário Camboriú, é a que tem o preço mais elevado, se considerada a compra de todos os itens pesquisados. Ao final do dia, o veranista que consumisse uma unidade de cada um dos produtos que fazem parte do teste teria gasto R$ 37.

– Por ser praia acho o preço mais caro, mas é normal e a gente já vem preparado para gastar um pouco mais – disse Michel Batista, 34 anos, turista de Curitiba (PR) que passa férias todo anos em Balneário Camboriú.

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Navegantes foi a cidade onde a soma entre os produtos teve o menor resultado (não considerando Penha, já que na Praia Alegre não foi possível contabilizar o valor de todos os itens). O banhista economizaria R$ 10,50 em relação a Balneário. Já a Praia Brava, que apareceu como a mais cara na pesquisa do ano passado, desta vez ficou em segundo lugar. Lá, o visitante pagaria R$ 33,50 por uma unidades dos seis produtos.

De acordo com o supervisor da Agência Acadêmica de Turismo da Univali, Athos Henrique Teixeira, é natural que a Praia Brava e a Praia Central tenham um valor mais alto dos produtos.

– Acredito que os comerciantes não devem abusar, pois isso acaba afugentando o turista. Porém, essas duas praias tem um status maior na região e é normal os veranistas pagarem por isso também – explica.

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A turista Francielly Manfrin, 22, professora de inglês em Campo Grande (MS), escolheu a Meia Praia, em Itapema, para passar férias e reclama dos preços praticados. O local está entre os três mais caros – os produtos custariam R$ 31, cerca de 26% acima do total registrado ano passado, R$ 24.

– Chegamos recentemente e até agora só consumimos a água de coco, mas achamos muito caro ter que pagar R$ 6 pelo produto – ressalta Francielly.