O preço médio da gasolina atingiu recorde histórico neste mês em Joinville. Levantamento mensal realizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostra que a média foi de R$ 4,242 por litro, sendo a mais alta desde 2004, quando o órgão começou a série de pesquisas.

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Os dados consolidados de outubro mostram que a variação do preço chega a R$ 0,26. Isso significa que o consumidor pode economizar R$ 13 para encher um tanque de 50 litros, dependendo do estabelecimento em que abastecer o veículo. O valor mais alto encontrado pela ANP foi de R$ 4,399, enquanto o mais baixo foi de R$ 4,130.

O preço médio da gasolina em outubro representa um aumento de 16,8% em relação aos valores encontrados nas bombas no mesmo período do ano passado, quando o preço médio era de R$ 3,629. Já quando a ANP começou a série de levantamentos, o combustível era vendido, em média, a R$ 2,221 em Joinville. O preço mais baixo era de R$ 2,040.

Nos dados estaduais, o valor médio da gasolina também atingiu o recorde histórico, alcançando R$ 4,348 por litro em outubro, segundo o levantamento mensal da ANP. No mesmo período do ano passado, o combustível era vendido a R$ 3,711, em média, enquanto em 2004 o valor era de R$ 2,240.

Segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Santa Catarina (Sindipetro/SC), a alta do barril de petróleo e do dólar influenciaram nos preços nas bombas. O período de entressafra do etanol, que corresponde a 27% da gasolina, também teve impacto nos aumentos.

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Um dos fatores para a elevação do valor do petróleo foi a mudança na política da Petrobras. Desde julho do ano passado, a estratégia da estatal é corrigir todos os dias o preço da gasolina nas refinarias com base no valor do mercado internacional. Além disso, a inflação ajuda a ter os reajustes.

Anteriormente, o governo federal interferia no preço da Petrobras, congelando os valores e impedindo as variações constantes em todo o país.

O Sindipetro afirma que houve uma baixa no preço do dólar nos últimos dias, que gerou reflexos também na redução do valor do barril do petróleo. No entanto, o sindicato diz que é necessário a distribuidora repassar o desconto aos postos para que, então, o consumidor sinta essa redução também nas bombas.

Motorista diz que gasto pesa no bolso

Para a vendedora Emiliane Quilim Mazurek, 35 anos, o preço da gasolina está um absurdo e deveria custar pelo menos R$ 1 menos por litro. Ela mora em Pirabeiraba e precisa se deslocar até a região central praticamente todos os dias em razão do trabalho e para levar a mãe e a família para compromissos.

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– Todo mês meus gastos com gasolina chegam a R$ 400. É muito alto. Não tenho ganhado muito com as minhas vendas para compensar tudo isso – conta.

Como sempre se desloca pela cidade de carro, Emiliane abastece o carro todas as semanas e já tem alguns postos de combustíveis de confiança pelos quais passa para conferir o preço mais barato. No mês passado, o valor mais alto encontrado por ela foi de R$ 4,29.