O preço médio da gasolina nos postos de Santa Catarina passou de R$ 4,50 para R$ 5,07 em apenas dois meses de 2021. A diferença equivale a uma alta de 12,6%. A elevação ocorre por conta de sucessivos aumentos anunciados pela Petrobras. Em 2020, a gasolina não teve variação na média de preços de janeiro para fevereiro – manteve-se, à época, no valor de R$ 4,37 em SC.
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O aumento enfrentado pelo motorista nos postos tem percentual menor do que os reajustes já anunciados pela Petrobras. Isso porque os preços corrigidos pela estatal se referem à venda do combustível para as distribuidoras. Nas refinarias, já houve seis reajustes da gasolina desde o início do ano, com uma acumulada de 53% somente neste ano.
Os dados da variação do preço médio em SC são da Agência Nacional de Petróleo (ANP) e consideram a pesquisa de preços da primeira semana de 2021, quando foram ouvidos 96 estabelecimentos, e o mais recente, da semana entre 28 de fevereiro e 6 de março, com 140 postos consultados.
Os números mostram variação entre as cidades de SC. Em Florianópolis, por exemplo, o valor médio passou de R$ 4,52 para R$ 5,02 nesse mesmo intervalo de nove semanas. Esse, no entanto, é o valor médio. Segundo o último levantamento, havia postos cobrando até R$ 5,55 pela gasolina no período da pesquisa na Capital.
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Em Blumenau, o preço médio saltou de R$ 4,41 para R$ 5,13 entre a primeira semana de janeiro e a primeira de março. Esta semana havia postos cobrando até R$ 5,60 na cidade.
Todo esse cenário tem levado à busca por postos com preços mais baratos e a consequência são filas de carros em frente aos estabelecimentos. Nas últimas semanas, Florianópolis registrou filas de motoristas tentando reabastecer a preços anteriores a reajustes anunciados pela Petrobras. Categorias que trabalham diretamente com transporte acabam sendo as mais afetadas.
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Gasolina pode chegar a R$ 6 em Florianópolis
Os preços da última pesquisa disponível na ANP, no entanto, ainda não refletem os impactos do mais novo aumento anunciado pela Petrobras. Na segunda-feira, a estatal anunciou novas altas, de 8,8% na gasolina e de 5,5% no diesel. Foi o sexto reajuste no ano feito pela empresa. O motivo são as elevações dos produtos de petróleo no mercado internacional, que compõem o preço dos combustíveis no Brasil em razão da atual política de paridade internacional. A tendência é de que somente o próximo levantamento da ANP traga os preços atuais, mais próximos de R$ 5,50 na Capital.
Com o impacto dessa nova alta, o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Minerais da Grande Florianópolis (Sindópolis) já estima que o preço da gasolina possa chegar a R$ 6 na próxima semana.
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O vice-presidente do Sindópolis, Joel Fernandes, acredita que a variação nos preços constatada nas pesquisas da ANP esteja ainda subavaliada. Isso porque, segundo ele, os postos estariam diminuindo margem de lucro e “bancando” parte da diferença para não repassar todos os reajustes.
– Temos o anidro, que compõe 27% da gasolina, também em alta, a questão do dólar, o barril de petróleo a 70 dólares. Ou seja, vai passar de R$ 6 em Florianópolis – aponta.
O dirigente afirma que uma possível mudança nesse cenário de alta constante da gasolina dependeria de mudanças na política de preços da Petrobras e também na redução de impostos.
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