Os preços da gasolina e do diesel devem aumentar novamente em Santa Catarina, diante do segundo reajuste em menos de um mês da Petrobras anunciado nesta segunda-feira (25). De acordo com o sindicato dos postos de combustíveis do Estado, a medida vai impactar a média cobrada pelo litro da gasolina comum, que pode subir de R$ 6,09 para R$ 6,50 até o início de novembro. O valor mais caro registrado no Estado antes desse anúncio já havia sido de R$ 6,39.
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A partir desta terça (26), o litro de gasolina vendido pelas refinarias da Petrobras custará R$ 3,19, ou R$ 0,21 acima do vigente atualmente. Já o litro do diesel sairá por R$ 3,34, alta de R$ 0,28.
Para o vice-presidente do Sindicato de Postos de Combustíveis da Grande Florianópolis, Joel Fernandes, mesmo com o reajuste da estatal, a gasolina poderia estar mais cara que R$ 6,50, valor médio estimado por ele:
— A gente estava esperando o dobro desse valor, porque mesmo com o reajuste, a Petrobras está representando cerca de R$ 0,30, e o déficit era de R$ 0,50. Então, a média de preço no Estado deve ser de R$ 6,50 — avalia Fernandes.
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Para o vice-presidente, um novo anúncio pode acontecer nas próximas semanas:
— A Petrobras não vai aguentar três semanas até um novo reajuste, a não ser que o barril de petróleo e o dólar parem de subir aqui no Brasil. Essa é a alternativa que a gente tem para que não haja outros aumentos.
O reajuste feito no início de outubro já havia colocado a média do preço da gasolina acima de R$ 6 em Santa Catarina. Mas os estados que lideram o ranking de valores mais caros cobrados pelo litro da gasolina no Brasil já ultrapassavam R$ 7. Segundo o sindicalista, nesses estados, o custo para abastecer já se aproxima de R$ 8 após o último anúncio da estatal.
Entenda reajuste anunciado pela Petrobras
A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (25) novos reajustes nos preços da gasolina e do diesel em suas refinarias. A gasolina subirá 7% e o diesel, 9,1%. Segundo a estatal, os aumentos refletem a elevação das cotações internacionais do petróleo e da taxa de câmbio.
“Esses ajustes são importantes para garantir que o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras”, disse a estatal.
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