Tem menos pinhão chegando na Grande Florianópolis neste ano, segundo a Central de Abastecimento de Hortifrutigranjeiros, Ceasa, de São José. Com a expectativa de uma safra menor para esta temporada – o que elevou o preço do produto – os boxistas da Ceasa estão vendendo menos a iguaria comum da Serra de Santa Catarina.
Continua depois da publicidade
Conforme o gerente de mercado da Ceasa, Thiago Teixeira, estão entrando menos caminhões com pinhão na central da Grande Florianópolis. Somente em abril, o primeiro mês da temporada do produto, o volume foi 50% menor do que comparado com o ano passado.
— Os produtores e boxistas ainda relataram o menor volume de vendas e os estoques altos nas cidades produtoras. Aparentemente o calor do outono e até neste início de inverno, diminuiu as vendas — avaliou o gerente de mercado.
Para complicar, os valores do quilo do pinhão estão quase 25% mais caros em relação a 2018 na Ceasa, informou Thiago Teixeira. Em comércios de Florianópolis, por exemplo, os preços podem variar de R$ 7,99 a R$ 10,99 o quilo. Ano passado, relatam os comerciantes, este preço girava em torno de R$ 5,99. Outra preocupação é com a qualidade do produto.
— Tem pinhão "feio" vindo. Os clientes acham que é pinhão da safra passada ou que foi congelado, e não compram — lamenta a vendedora Juliana Henz, de 29 anos.
Continua depois da publicidade

Expectativa de queda na safra
Segundo estudos e previsão do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (CEPA), da Epagri, a safra de pinhão em Santa Catarina deste ano pode terminar de 30 a 50% menor em relação ao ano passado. A produção de pinhão está estimada entre 2 mil e 2,3 mil toneladas. Em 2018, foram 3,5 mil toneladas.
Entre as razões, estariam fatores climáticos desfavoráveis – como as temperaturas amenas que tivemos em junho – e um ano com poucas pinhas nas árvores.