A pesquisa do Procon de Joinville sobre os preços do material escolar foi realizada na quarta e na quinta-feira, 9 e 10 de janeiro, em cinco lojas da cidade. A variação de preço entre elas chega a 960%, caso do transferidor de plástico: foi verificado que em uma loja custava R$ 0,50 e em outra R$ 5,30. Neste caso, eram marcas diferentes, mas há casos de produtos como a tesoura sem ponta em que a mesma marca está à venda a R$ 3,98 em uma loja e a R$ 9,25. A pesquisa tem 23 produtos avaliados.

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No ano passado, por exemplo, o preço do material escolar subiu 1,02% no acumulado de janeiro a dezembro, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/IBRE). Foi consideravelmente abaixo da inflação, que acumulou alta de 4,32% segundo o instituto, entre janeiro e dezembro de 2018. Em 2017, o aumento havia sido de 1,60% ao longo do ano e, em 2016, chegou a 7,32% no mesmo período.

Há mais de 20 anos, Andréia Agapito cumpre o mesmo compromisso em janeiro: a compra do material escolar, com todas as contas e escolhas que ela demanda. Com o filho mais velho já formado na faculdade, ela fez nesta semana a penúltima compra de material do período de educação básica da caçula, Luana Becker, 15 anos. Pela percepção de mãe, os preços dos produtos estão subindo muito acima do aumento dos salários, e é necessário ter cautela na hora de comprar.

Apesar da experiência, Andréia não passou o período sem arrependimentos: foi a uma papelaria do Centro onde esperava encontrar preços menores, adquiriu alguns produtos e, ao chegar à segunda loja mapeada por ela e pela filha para as compras, também no Centro, descobriu que nesta os mesmos materiais estavam mais baratos do que na primeira.

– Geralmente escolhemos pela localização, mais perto de casa, e também pela variedade de marcas – conta Andréia.

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Luana sempre acompanhou a mãe nas compras de material escolar – era um momento tão importante quanto o Natal – e entende que deveria haver equilíbrio entre o que ela queria e os preços para atender a todos os pedidos da lista da escola. Agora, prestes a começar o 2º ano do Ensino Médio, ela já consegue até mesmo adaptar as sugestões de compra da instituição de ensino com o que ela realmente precisa.

– Eu escolho a quantidade e o tamanho dos cadernos, por exemplo, a partir do que eu sei que vou usar e de como gosto de usar — avalia a adolescente.

Confira a pesquisa do Procon:

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