Os joinvilenses precisam estar atentos e dispostos a pesquisar se quiserem economizar na hora de comprar o gás de cozinha. A variação no preço de um botijão de 13 quilos pode chegar a R$ 10 na cidade, se levado em consideração o preço mais alto e o mais baixo pesquisados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
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O item é essencial para a vida das pessoas e pode ter um impacto ainda maior para quem costuma cozinhar em casa. Com o uso mais frequente, a necessidade de troca do botijão acaba sendo mais frequente e pode se tornar um peso nas finanças das famílias. Os últimos dados divulgados pela ANP, por exemplo, mostram que o preço médio do botijão de 13 quilos é de R$ 70 na cidade.
Entre os cinco pontos de venda pesquisados no levantamento semanal realizado de 3 a 9 de fevereiro, o preço mais alto encontrado foi de R$ 77. O mais barato foi de R$ 67. A diferença entre os valores é de 14,9%.
A pesquisa da ANP também apontou que o preço médio de venda das distribuidoras foi de R$ 52,50 no início de feveriero. Isso representa um valor R$ 17,50 mais caro do preço que é repassado aos consumidores pelos revendedores, ou seja, 33% a mais.
O gás de cozinha tem se mantido com poucas alterações de preço ao longo das últimas semanas, de acordo com o levantamento. Ele começou o ano sendo vendido com um valor médio de R$ 71,6, depois passou para R$ 71,8 na metade de janeiro e caiu para R$ 70 no final do mês, se mantendo com o mesmo valor a última pesquisa divulgada.
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No entanto, se comparado com fevereiro de cinco anos atrás, o gás sofreu um reajuste de 65,9% ao longo desse período. Em 2014, o botijão de 13 quilos custava R$ 42,18, em média. Já no ano passado, o mesmo produto chegava a R$ 66, sendo 4,2% mais barato do que o registrado neste ano.
Sindicato acredita em aumento do preço
Hoje, o caminho do gás de cozinha antes de chegar a casa do consumidor passa pela produção, distribuição e revenda. A Petrobras tem uma política de preços que leva em consideração o mercado internacional para reajuste dos valores, o que acontece trimestralmente.
Segundo o presidente executivo do Sindicato dos Revendedores de Gás de Santa Catarina (Sinregas), Jorge Magalhães de Oliveira, houve quatro reajustes ao longo do ano passado e uma redução de preços. No entanto, os revendedores têm segurado os aumentos e não repassado o mesmo percentual aos consumidores.
— Com certeza deve haver um aumento de preço para o consumidor a partir dos novos reajustes porque o revendedor não tem mais como assimilar esses valores de campo. Quem ganhou nos últimos meses foi o consumidor por uma questão de concorrência — explica.
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Jorge afirmou que hoje custa R$ 52,50 para o produto chegar até as revendedoras. Os R$ 17,50 restantes da diferença desse valor para o preço médio de venda (R$ 70) é o que os revendedores tem para manter o negócio e levar o gás de cozinha ao consumidor final.
Dados por ano*
2014
Preço médio: 42,18
Preço mais alto: R$ 48
Preço mais baixo: R$ 40
2015
Preço médio: R$ 43,32
Preço mais alto: R$ 47
Preço mais baixo: R$ 40
2016
Preço médio: R$ 51,8
Preço mais alto: R$ 55
Preço mais baixo: R$ 50
2017
Preço médio: R$ 55,2
Preço mais alto: R$ 57
Preço mais baixo: R$ 52
2018
Preço médio: R$ 66
Preço mais alto: R$ 69
Preço mais baixo: R$ 60
2019
Preço médio: R$ 70
Preço mais alto: R$ 77
Preço mais baixo: R$ 67
*Dados do primeiro levantamento de fevereiro de cada ano. Preços referentes a botijões de 13 quilos.