Os preços de feijão carioca recebidos pelos produtores catarinenses tiveram queda de 1,18% no mês de outubro. O preço médio mensal do feijão preto pago aos produtores também caiu, com diminuição de 2,91%.
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Apesar das reduções nos preços, os preços do feijão carioca se recuperam com uma alta de 3,64% nos 10 primeiros dias de novembro, na comparação com o valor mensal registrado em outubro. O feijão preto, neste mesmo período, acentuou a queda e teve redução desta vez de 5,27% nos 10 primeiros dias deste mês. As informações foram divulgadas pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (Epagri/Cepa), por meio do Boletim Agropecuário de outubro.
Um aliado dos produtores de feijão durante o mês de outubro foi o clima. As condições das lavouras estão boas em 98% das áreas de cultivo e apenas 2% estão em condição média. Até a semana do dia 27 de outubro ao dia 8 de novembro, cerca de 75% da área destinada ao feijão primeira safra já havia sido semeada.
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Estimativas atualizadas da Epagri apontam que a área plantada no Estado deverá crescer 3,6%, passando de 27,8 mil hectares para 28,8 mil hectares. A produtividade deverá chegar a 1.920 quilos por hectare, o que representa um aumento de 11,1%. Com isso, espera-se aumento de 15,1% na produção, chegando a aproximadamente 55,3 mil toneladas de feijão na primeira safra.
Banana segue a linha do feijão: caturra x prata
O mercado de bananas em Santa Catarina durante setembro e outubro de 2024 foi caracterizado pela valorização de preços da banana-caturra — com a redução na oferta devido a fatores climáticos — e a desvalorização das cotações da banana-prata, devido a fatores de fitossanidade que afetaram a qualidade dos produtos. De acordo com o documento da Epagri/Cepa, a expectativa é de desvalorização nos preços no mês de novembro, com o aumento da oferta.
No mercado nacional, as bananas-nanica e prata apresentam tendência de desvalorização nas cotações com perspectiva de aumento na oferta e redução na demanda, além da concorrência com outras frutas da estação.
As exportações brasileiras de bananas, de janeiro a outubro de 2024, foram de US$ 17,6 milhões com redução em relação ao ano anterior e volume exportado de 39,5 mil toneladas. O Estado participou com 48,5% do valor das frutas exportadas (US$ 8,5 milhões) e volume de 27,4 mil toneladas em dez meses. As exportações catarinenses de bananas apresentaram recuperação nos valores e volumes exportados para o Uruguai no 3º trimestre e entre setembro e outubro de 2024 .
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Preço pago aos produtores de milho em SC teve aumento
Em contrapartida, no mês de outubro o preço médio mensal pago ao produtor de milho em Santa Catarina apresentou uma alta de 5,3% em relação ao mês anterior. Segundo o documento, os preços refletem a maior demanda interna pelo cereal, a entressafra no Brasil e a concorrência com as exportações.
De acordo com o analista de socioeconomia e desenvolvimento rural da Epagri/Cepa, Haroldo Tavares Elias, para a primeira safra de milho 2024/25, a redução na área plantada deverá chegar a 10,4%.
— A produtividade média esperada, entretanto, deverá crescer em torno de 24%, chegando a 8.463 quilos por hectare. Assim, espera-se um aumento de 11% na produção, com um volume colhido de aproximadamente 2,24 milhões de toneladas de milho — diz ele.
*Sob supervisão de Jean Laurindo
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