Pais que estão em época de compra de material escolar dos filhos devem ficar atentos aos valores praticados pelas lojas de Joinville neste início de ano. Pesquisa divulgada nesta segunda-feira pelo Procon revela que a diferença de preço da lista de itens básicos pode chegar a 80% entre um estabelecimento e outro.
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Alguns produtos podem apresentar uma variação ainda mais expressiva. Em uma das seis lojas consultadas pelo Procon, por exemplo, o apontador mais barato custa R$ 0,10. Em outra, o mais em conta sai por R$ 2,98 – uma diferença de 2.880%. O levantamento considera os itens mais baratos encontrados nos estabelecimentos e não leva em conta materiais didáticos.
Ao todo, a pesquisa consultou os preços de 22 itens (veja na lista abaixo). Se considerados apenas aqueles em comum às seis lojas, a soma chega a 16. No cenário mais econômico, o consumidor pagaria R$ 16,48 para adquirir uma unidade de cada item. No mais caro, chegaria a pagar até R$ 29,67.
Uma das novidades do levantamento deste ano, explica o gerente do Procon Kleber Fernando Degracia, é o comparativo de preço entre itens de uma mesma marca em locais diferentes. Um caderno com 200 folhas pode ser encontrado a R$ 8,90 em uma das lojas. Em outra, o mesmo produto custa R$ 12,37, uma diferença de 39%.
Itens proibidos
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Em vigor há pouco mais de um mês e meio, a Lei 12.886/13 proíbe escolas de cobrar ou exigir dos alunos materiais de uso coletivo, como resmas de papel, papel higiênico, álcool, copos, flanela e outros produtos de limpeza. Além disso, também não se pode exigir a compra de itens de uma determinada marca ou papelaria.
O Procon orienta que os pais fiquem atentos às exigências. Se alguma escola pedir um produto que não seja de uso exclusivo do aluno, a primeira coisa é negociar e alertar a própria instituição. Caso ela não renegocie, a recomendação é acionar o Procon.
Em busca de alternativas
Encontrar alternativas para economizar e ao mesmo tempo comprar bem é uma tarefa de equilíbrio e que demanda pesquisa de comparação de preços, orientam especialistas. Quem opta por comprar todo o material na mesma loja sabe que pode perder os descontos de outras.
Por falta de tempo, a comerciante Fabiane Stein decidiu comprar tudo em um só lugar. Acompanhada dos dois filhos, Luis Arthur, 15, e Lívia, 10, mais o sobrinho Frederico Stein, 12, ela afirma que a prioridade é a qualidade. Apesar de estar com três
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listas em mãos, a compra é individual.
– A gente acaba olhando o que cada um necessita, até porque a diferença de idade de um para o outro demanda certo cuidado – diz.
Para quem tem mais tempo para se planejar, algumas dicas são valiosas para garantir economia. Comprar livros usados, reaproveitar materiais de anos anteriores e juntar um grupo de pais para a compra, para negociar descontos maiores, podem fazer com que os gastos sejam menores.
Dicas para economiar
– Realizar as compras em conjunto com outros pais aumenta a chance de negociar menores preços.
– Verifique o material que sobrou no ano anterior, separando o que pode ser reaproveitado. As trocas de livros didáticos entre alunos de séries diferentes representam boa economia.
– Não se deixe levar pelos desejos dos filhos e nem pelo marketing publicitário. Os pais devem ter sempre em mão uma lista do que é realmente necessário e conversar com os filhos para que entendam a utilidade dos materiais escolares.
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– É fundamental buscar a melhor opção de pagamento. Sempre faça a pergunta: quanto custa este produto em dinheiro? Tem algum desconto?
– As prestações devem caber em seu orçamento mensal futuro.
– Há casos em que o preço das lojas virtuais cobre o preço das lojas de rua e shopping, que têm custos de marketing, locação, funcionários e custos fixos e variáveis.
Fonte: Reinaldo Domingos, autor do bestseller “Terapia Financeira”