Quem roda bastante com o carro já sabe: o preço do combustível subiu na Capital. Após dois meses com o litro da gasolina a R$ 2,09 em diversos postos, hoje o valor mais baixo fica em R$ 2,12, mas pode chegar a R$ 2,59.
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De acordo com o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), o preço médio ao consumidor final em SC é de R$ 2,46 o litro da gasolina e R$ 1,75 o álcool. Na média, a gasolina continua mais vantajosa. Para ser mais lucrativo, o álcool precisa custar até 70% do preço da gasolina. Em SC, a margem atual ainda é um pouco maior, de 71%.
O diretor institucional do Sindicato de Revendedores de Combustíveis da Grande Florianópolis, Luiz Ângelo Sombrio, diz que os preços a R$ 2,09 eram uma promoção e que agora os valores se realinharam. Ele observa que o preço caiu se comparado com janeiro, quando o litro da gasolina estava acima de R$ 2,60.
Sombrio explica que não houve uma data determinada para os postos modificarem os preços, e diz que cabe aos donos dos estabelecimentos decidir suas práticas de valores.
– Muitos postos cobravam preços abaixo da rentabilidade para concorrer com quem sonega. Chegou um momento em que essa situação ficou insustentável – observa.
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Em agosto, a Secretaria da Fazenda intensificou a fiscalização. O coordenador do grupo especialista setorial em combustíveis (Gescol) do governo, Roque Bach, lembra que o preço de R$ 2,09 era praticado somente na Grande Florianópolis. Ele diz que a Fazenda não reajustou preços nem tributos e que o valor mais baixo, praticado antes como promoção, era uma “anormalidade”.
O que também pode ter interferido no fim do preço baixo foi uma ação do Procon em julho. O órgão de defesa do consumidor fez uma operação na Capital para impedir que postos cobrassem valores diferenciados para quem paga em dinheiro ou cartão. Os postos com promoção geralmente vendiam o combustível mais barato somente à vista, em dinheiro.
– O que é positivo observar é que está havendo a concorrência. Antes os preços eram tabelados – defende Tiago Silva, diretor do Procon.
Moradora da Grande Florianópolis, Simone Kobe discorda. Para ela, o consumidor perdeu.
– Eu prefiria ter o trabalho de tirar dinheiro para pagar mais barato.
Confira o depoimento dos consumidores