Preço da cesta básica em Florianópolis tem queda, mas segue entre as mais caras do país

O preço da cesta básica em Florianópolis no último mês teve queda de 0,63% em relação a fevereiro, segundo dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Os dados, divulgados nesta segunda-feira (10), apontam que o valor na capital catarinense é de R$ 742,23. Apesar da redução, a cidade tem a terceira cesta básica mais cara do país.

Receba notícias de Santa Catarina pelo WhatsApp

Conforme o levantamento, Florianópolis está atrás apenas de São Paulo (R$ 782,23) e Porto Alegre (R$ 746,12). Em fevereiro, o município catarinense tinha a segunda cesta mais cara, custando R$ R$ 746,95.

Santa Catarina tem mais de 6 mil vagas de emprego abertas; veja como se candidatar

O preço da cesta básica representa 61,63% do salário mínimo, que é de R$1.302. Para conseguir comprar esse conjunto de itens, o tempo de trabalho é de 125 horas e 25 minutos por mês.

Os dados apontam, ainda, que a Capital teve uma redução de 3,50% no valor médio em 2023. Mas, ao levar em conta março do ano passado, a queda foi de 0,43% no custo.

Já Aracaju (R$ 546,14), Recife (R$ 578,73) e João Pessoa (R$ 579,57), onde a composição da cesta é diferente, foram registrados os menores valores médios, segundo o Dieese.

Carne e feijão tiveram alta

Conforme o Dieese, houve retração no preço médio do café em pó em 16 capitais. Florianópolis, inclusive, aparece como um dos destaques, com queda de 2,79% no valor, sendo a terceira maior redução do país, atrás de Vitória (4,32%) e de Brasília (3,01%), e a maior da região Sul.

Em contrapartida, a capital catarinense teve aumento nos preços da carne bovina e do feijão preto. No primeiro item, a variação foi de 0,90%, enquanto no segundo foi de 0,46%.

Por fim, o Dieese informou que, com base na cesta mais cara, que em março foi de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir todas as despesas básicas, o valor mínimo para sustentar uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 6.571,52. O número é 5,05 vezes maior do que o atual — aumento de 0,6% em relação a fevereiro.

Leia também:

Lula viaja à China e quer relançar parceria com mais de 20 acordos

Santa Catarina gera mais renda em indústria criativa do que o país, aponta levantamento