Um comandante da Polícia Militar catarinense, não suportando mais a falta de autoridade no país, desabafou: o policial arrisca a vida, prende criminosos, prende bandido, e pouco dias depois o encontra livre nas ruas, planejando outro assalto ou outra agressão. Autoridades? Ninguém se mexeu. Os juízes dizem que este ou aquele crime não se enquadra na lei vigente e o criminoso é solto – um conversa infundada que não tem sustentação.

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As leis têm mais de uma interpretação e duas pessoas têm duas interpretações diferentes da mesma lei. Já disseram muitos que a Justiça poderia ajudar melhor a população desamparada. Se é por falta de prisões, que se construam prisões novas ou se aumentem as existentes. É só questão de boa vontade. Menores assassinos ficam poucos dias nas casas de recuperação, quando deveriam ficar três anos recolhidos, sendo reeducados. Um menor assassino que já teve mais de 20 prisões foi entregue à família pela Justiça para recuperação, em desrespeito à sociedade porque a família do mesmo já foi um fracasso total e continuará sendo.

As autoridades devem melhorar as casas de recuperação em todos os quesitos: segurança, educação e tratamento civilizado, para alcançar o grande objetivo social. Dizem que jovens infratores postos em companhia dos bandidos irrecuperáveis tornam-se piores – a escola do crime -, mas esses jovens podem ser colocados em presídios só para a juventude ainda recuperável. Com que frequência as autoridades de um município, de um Estado ou federais visitam as prisões? Esse é um assunto vergonhoso pelo descaso e abandono.

O ministro da Justiça disse que as prisões brasileiras são medievais. Ele esqueceu de dizer que é um dos culpados por isso, pois pouco ou nada tem feito para melhorá-las. Precisamos sair da idade média e das masmorras imundas que nos envergonham.

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