O prefeito de Chapecó, no Oeste de SC, João Rodrigues, voltou a defender autonomia para que municípios decidam sobre restrições contra Covid-19, durante uma live na quinta-feira (15). Com vagas disponíveis na rede de saúde, o município vive um momento mais confortável da pandemia em relação ao início do ano e passou a receber pacientes de outras regiões nas últimas semanas.
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— Eu já fiz o apelo à governadora do Estado e ao governador Moisés também, de que dê liberdade para os municípios discutirem os seus decretos. Chapecó, pelo estado atual, já deveria estar na bandeira laranja.
— O nosso hospital regional está, neste momento, com 92 pacientes na UTI e tem 103 leitos disponíveis. Dos 92, 45 são de Chapecó. Ou seja, são 50% do município. Nós não estamos na bandeira laranja, porque o hospital tem ocupação regional, mas eu acredito que semana que vem já muda esse quadro. Precisamos retomar as atividades, mas com cuidado, sem liberar tudo — declarou o prefeito.
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Chapecó foi a primeira cidade do Estado a atingir o colapso do sistema de saúde, mas, desde o dia 4 de abril, a fila de pacientes à espera por leitos de UTI Covid foi considerada zerada no Grande Oeste, segundo dados do governo do Estado.
Conforme o boletim divulgado pela prefeitura de Chapecó nesta sexta-feira (16), o município tem 435 casos ativos de coronavírus, um total de 34.605 casos confirmados desde o início da pandemia, e soma 570 mortes.
Durante a live, João Rodrigues também citou o setor de eventos, já que muitas pessoas que organizam festas de aniversário e casamentos fizeram um apelo para retomar as atividades, mas o prefeito destacou que o decreto do Estado não permite que os eventos sejam liberados. Ele então fez uma analogia entre aulas presenciais e festas infantis.
— As escolas estão praticamente normais, todo mundo está indo na aula. Mas uma empresa que faz um aniversário infantil não pode promover um aniversário com 50 crianças. Então é isso que eu quero falar, sobre lógicas — disse o prefeito.
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