A eleição para a presidência do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC), nesta quarta-feira, foi acirrada. A vitória do desembargador Rodrigo Collaço no segundo turno por apenas três votos de diferença sobre o segundo colocado, César Abreu, expôs uma divisão dentro do Judiciário catarinense. Para o novo presidente, que assume em fevereiro de 2018, no entanto, isso será superado depois do processo eleitoral.

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Em entrevista ao DC logo após ter sido eleito, Collaço estabeleceu como meta a melhoria dos serviços no primeiro grau, que são as comarcas onde a população inicialmente recorre à Justiça.

Leia abaixo:

“Temos que colocar prioridade máxima na atividade-fim”

Qual sua principal missão nos próximos dois anos?

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O desafio é fazer a Justiça julgar mais e melhor. A Justiça de primeiro grau precisa de um apoio grande do tribunal, vamos trabalhar insistentemente nesses dois anos para aumentar ainda mais a produtividade da Justiça catarinense e para isso conto com todo o corpo do tribunal. A eleição de hoje é importante para consolidar o apoio á nossa ideia de tentar melhorar o serviço que a gente presta.

E como fazer isso?

Acho que temos que colocar prioridade máxima na atividade-fim, que é a atividade de julgar. Então temos que dar uma assessoria melhor aos juízes de primeiro grau, precisamos reaparelhar a Justiça de primeiro grau, que é lá que o cidadão bate às portas. Essa será a nossa missão, analisar todos os recursos do tribunal para a atividade fim, para melhorar as condições de trabalho dos juízes e aumentar o número de sentenças.

A votação apertada divide o tribunal. Como o senhor pretende unir esses dois grupos?

É salutar esse debate de ideias, mas o o eleitorado é qualificado. Então, passada a eleição, os próprios participantes já mencionaram que superado o processo eleitoral estão todos unidos na mesma direção de tornar a Justiça melhor.

O TJ-SC enfrenta nesse momento uma disputa por conta da posse de um novo desembargador indicado pela OAB (Alex Santore). Como o senhor pretende se portar nesse caso?

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Na verdade, eu assumo a presidência em fevereiro e essa matéria está judicializada. Vou tomar conhecimento de todas as medidas judicais que estão em vigor. Espero que esse assunto seja resolvido judicialmente, se não for resolvido assim, que venha o tribunal para resolvemos administrativamente.

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