O Metropolitano tem um novo dono da área técnica. A derrota para o Avaí no domingo deixou o time na penúltima colocação com nove pontos ganhos em 11 jogos, à frente do lanterna Almirante Barroso apenas por um gol de saldo. O momento ruim e o aproveitamento de 27,2% pesaram mais que o padrão tático e custaram o cargo de Cesar Paulista, que estava à frente do time desde abril do ano passado. Ele foi afastado após reunião ontem de manhã, mas continuará trabalhando nas categorias de base. Com a pressa de quem precisa fugir do rebaixamento, três horas depois o clube blumenauense apresentou Mauro Ovelha, 49 anos, como novo comandante para o restante do Campeonato Catarinense.
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Ovelha já comandou um treinamento na tarde desta segunda na Associação da Altona e prometeu lutar para reverter o momento adverso. Nas contas dele, quatro vitórias e um empate nos sete jogos que restam livram o Verdão da Série B do Estadual.
– Sabemos que há outras equipes em momentos até melhores, mas tem 21 pontos para serem disputados e muita coisa pode acontecer – antecipa.
Por que a equipe ainda não conseguiu os resultados esperados? Para Mauro Ovelha, o Metrô fez bons jogos no primeiro turno, mas depois a pressão por resultados pode ter atrapalhado. A receita para que as vitórias voltem passa por um ingrediente principal: equilíbrio.
– O jogo exige uma postura mais dura, se você não marcar também não vai ter oportunidades de criar e acaba dando chance ao adversário. Precisamos de um equilíbrio maior – orienta Ovelha, que não descarta mudanças no esquema tático já para a reestreia.
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Diferença de perfil contribuiu para escolha
Pode ser um chavão politeísta, mas “os deuses do futebol pregam peças” e a estreia de Ovelha na terceira passagem pelo Metrô será na quarta-feira, às 20h30min, no Estádio Augusto Bauer, diante do Brusque – clube que o demitiu no dia 6 de fevereiro após uma derrota de 2 a 0 para o… Metropolitano.
– Conheço muito bem o grupo (do Brusque), estiveram comigo por muito tempo e hoje vivem um momento melhor, mas clássico é sempre um jogo difícil e não tem favorito – assinala.
Se Cesar é o boa praça, o homem do toque de bola e da conversa ao pé do ouvido com os atletas, Ovelha tem no semblante sério, na palavra firme e nos times brigadores características que agradaram a diretoria do Verdão.
O coordenador técnico do Metrô, Egídio Beckhauser, explica que a apatia e a falta de reação do time diante do Avaí deixou a diretoria preocupada e exigiu a busca por outra postura. Para o dirigente, escapar é possível, mas para isso é preciso de um time mais enérgico e aguerrido.
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– O Mauro tem um perfil mais participativo durante o jogo e a mudança pode gerar um desconforto no elenco para que se mude de postura e reverta essa situação adversa – avalia Egídio. A resposta começa a vir na quarta-feira, no Augusto Bauer.
Números
Terceira passagem
39 jogos
12 vitórias
13 empates
14 derrotas
41,9% de aproveitamento
Fonte: arquivo de Rafael Dallagnolo