A proximidade das eleições 2022 e dos primeiros prazos a serem cumpridos por quem deseja concorrer tem aumentado as discussões sobre os prováveis candidatos a governador e também a outros cargos nos estados.
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No Rio Grande do Sul, pelo menos seis nomes já se apresentam como pré-candidatos ou possíveis nomes na disputa. O Estado, que nunca reelegeu um governador desde que a reeleição foi instituída, em 1998, e nem mesmo reconduziu um político de um mesmo partido ao cargo em duas disputas seguidas, pode ter esse tabu colocado à prova mais uma vez.
O atual governador, Eduardo Leite (PSDB), afirmou na campanha e ao longo do mandato que não concorreria à reeleição. Ele era apontado como pré-candidato tucano a presidente da República. Em novembro, Leite perdeu as prévias do partido para o governador de São Paulo, João Doria, e mesmo assim manteve discurso de que não concorreria novamente ao governo do Estado. O nome que vinha sendo apontado como candidato apoiado por Leite era o do atual vice-governador, o delegado Ranolfo Vieira Júnior (PSDB).
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Nos últimos dias, no entanto, uma fala de Eduardo Leite em um evento do PSDB voltou a levantar dúvidas sobre uma possível candidatura à reeleição do governador gaúcho. Em discurso a militantes, ele disse que não iria “se furtar de cumprir o seu papel no processo [eleitoral]”.
Em meio a toda essa polêmica, outros partidos pretendem apresentar nomes para rivalizar com o atual governador em uma eventual disputa. Há dois nomes identificados com presidente Jair Bolsonaro (Onyx Lorenzoni e Luiz Carlos Heinze), e nomes do PT e do PSB. Confira abaixo quem são atualmente os pré-candidatos a governador do Rio Grande do Sul.
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- Eduardo Leite (PSDB)
- Delegado Ranolfo Vieira Júnior (PSDB)
- Beto Albuquerque (PSB)
- Edegar Pretto (PT)
- Luis Carlos Heinze (PP)
- Onyx Lorenzoni (DEM/PL)
- Pedro Ruas (PSOL)
Eduardo Leite (PSDB)
O atual governador Eduardo Leite ganhou notoriedade por medidas como a reforma da Previdência dos servidores estaduais e dos militares e por regularizar pagamento de salários do funcionalismo, que vinham sendo pagos de forma parcelada há vários meses. Leite vinha inclusive sendo apontado como pré-candidato a presidente, mas perdeu as prévias para o governador de São Paulo, João Doria. Ele ainda teve o nome especulado em uma possível mudança de partido, em que se filiaria ao PSD para se candidatar à presidência, mas não aceitou o convite.
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Em 31 de março, Eduardo Leite renunciou ao mandato de governador, aumentando os rumores sobre uma possível candidatura a presidente, em que unificaria a terceira via. A ala do PSDB ligada a Doria ainda tenta manter a candidatura do governador paulista, que também deixou o cargo.
Apesar da renúncia, no final de abril uma possível nova candidatura de Eduardo Leite a governador do Rio Grande do Sul voltou a ser especulada, depois que ele divulgou uma carta de apoio à candidatura a presidente de João Doria.
Delegado Ranolfo Vieira Júnior (PSDB)
Com Eduardo Leite mantendo a decisão de não concorrer à reeleição, o nome do PSDB para tentar continuar no governo será o do atual vice-governador, o delegado Ranolfo Vieira Júnior. Ranolfo é delegado da Polícia Civil e já atuou como secretário de Segurança em Canoas e chefe da Polícia Civil no governo do Rio Grande do Sul. Concorreu a deputado federal em 2014, mas não se elegeu. Ele era vinculado ao PTB, mas no último ano se filiou ao PSDB.
Beto Albuquerque (PSB)
O advogado Beto Albuquerque foi deputado estadual e federal. Em 2014, chegou a ser candidato a vice-presidente na chapa com Marina Silva (então no PSB), após a morte do à época candidato Eduardo Campos. Em 2018, concorreu a senador, mas ficou em terceiro lugar e não foi eleito. A candidatura de Beto Albuquerque pode entrar no rol de acordos entre PT e PSB visando a aliança entre Lula (PT) e Geraldo Alckmin (sem partido) na corrida presidencial.
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Edegar Pretto (PT)
Edegar Pretto é deputado estadual em terceiro mandato no Rio Grande do Sul. É filho do ex-deputado federal Adão Pretto, falecido em 2009. Nas três eleições foi o parlamentar mais votado do PT. Em 2017, foi presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. A candidatura dele também pode estar envolvida nas negociações da possível aliança entre PT e PSB, mirando a chapa Lula e Alckmin.
Luis Carlos Heinze (PP)
O engenheiro agrônomo Luis Carlos Heinze já foi prefeito de São Borja, deputado federal e atualmente é senador. É aliado do presidente Jair Bolsonaro e ganhou notoriedade pelas defesas que fazia do presidente e do uso de medicamentos do chamado kit Covid na CPI da Pandemia.
Onyx Lorenzoni (DEM/PL)
O atual ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, hoje filiado ao DEM, anunciou em novembro do ano passado que iria se filiar ao PL e concorrer a governador do Rio Grande do Sul. A legenda é a mesma na qual se filiou o presidente Jair Bolsonaro, de quem Onyx é aliado desde a eleição de 2018. Ele é deputado federal eleito e chegou a ser ministro da Casa Civil no primeiro ano do governo Bolsonaro.
Pedro Ruas (PSOL)
O advogado Pedro Ruas já foi deputado estadual, entre 2015 e 2018, e atualmente é vereador em Porto Alegre. Foi o segundo mais votado na eleição para a Câmara. Ajudou na composição do PTB e do PDT com Leonel Brizola.
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