Foi com remadas que um grupo de atletas celebrou o aniversário de Florianópolis nesta sexta-feira. Cerca de 30 praticantes de stand up paddle – esporte em que se rema em pé, sobre uma prancha – percorreram um trajeto de cerca de dois quilômetros e meio entre o Iate Clube Veleiros da Ilha e o trapiche da Beira-mar Norte, no fim da manhã de sexta-feira.
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Além de marcar os 286 anos da cidade, a ação pretendeu oficializar o período de espera da situação climática certa para uma volta à Ilha que os remadores pretendem fazer este ano. A primeira volta foi feita em maio de 2011 e durou seis dias.
Confira o especial de aniversário de Floripa
O vice-presidente da Federação Catarinense de Stand Up Paddle (Fecasup), Romeu Bruno explica que, para concluir com segurança o longo trajeto com o stand up, é preciso que o vento esteja nas condições certas. E isso pode acontecer a qualquer momento ou podem levar meses. Os remadores optaram, então, por marcar o início desse período de espera com o percurso especial no aniversário da cidade, passando por baixo do símbolo da Capital.
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– A Ponte Hercílio Luz é um ícone de Florianópolis e, neste aniversário, quisemos ficar mais próximos dela – destacou Romeu.
Até crianças participaram do encontro
No encontro de sexta-feira, estavam até praticantes recentes do stand up, como Daniela Portes, 32 anos. Há um mês, ela e a filha, Laila Portes Said, de 9 anos, são adeptas do stand up. A menina não ficou de fora do encontro e foi de carona na prancha do instrutor, Felipe Canozzi.
– Queria praticar um esporte que minha filha também pudesse participar. O stand up ainda é saudável e dá para curtir a natureza. E encontros como esses ajudam a conhecer outras pessoas – conta.
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Entre os mais experientes estavam o presidente da Fecasup, Renato Melo, 38 anos. Ex-surfista profissional, há um ano ele trocou de prancha.
– O stand up é um esporte que, se você fizer a primeira aula, já se apaixona – considera.
O encontro desta sexta-feira, realizado por associações e escolas de surfe e do stand up paddle da Capital, teve a supervisão dos Bombeiros e da Capitania dos Portos.
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Esporte democrático
Neste ano, alguns trechos da volta à Ilha feita com stand up – ainda sem data marcada – serão liberados até para quem não pratica o esporte. Os especialistas da área destacam que basta uma aula, dando noções da prática, para se conseguir remar em águas mais calmas, como lagoas. A segurança para se remar em águas um pouco mais agitadas vai depender de cada aluno. Graziella Risso, instrutora do stand up e psicóloga, expõe que o esporte é mais democrático que o surfe.
– É mais fácil para surfar, exige menos força e, no stand up, é possível entrar em ondas pequenas – explica.
Graziella complementa que um outro atrativo para o esporte é o gasto calórico. Uma hora praticando o stand up chega a queimar 500 calorias.
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