Pratas da casa formarão a base de trabalho do JEC na próxima temporada

A necessidade criou a oportunidade. Esta é a justificativa do plano de trabalho do Joinville em 2017, apresentada na entrevista coletiva da manhã desta sexta-feira, que oficializou Fabinho Santos, o Fabinho, como novo técnico do JEC, e Carlos Kila como gerente de futebol.

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Diante da falta de recursos e da queda para a Série C em 2017, o Tricolor decidiu investir no que tem em casa. A solução é barata e, pelo que informou a diretoria, era a única no momento. Além do aproveitamento de jovens atletas, o JEC irá promover uma série de profissionais que trabalhavam em outros setores do clube e, agora, farão parte da comissão técnica.

Um exemplo é Daniel Tenório, auxiliar e preparador de goleiros das categorias de base, que, a exemplo de Fabinho, irá compor a comissão técnica do time profissional. Cassiano Nunes, preparador físico, e o auxiliar preparação física, Lucas Loyola, serão outros que seguirão o mesmo caminho em 2017.

– São pessoas daqui mesmo, muitos profissionais, que precisam ter oportunidade. São pessoas que amam o clube, comprometidos e que têm a minha total confiança – justificou o técnico Fabinho.

O presidente Jony Stassun ratificou as palavras de Fabinho. Segundo ele, o comprometimento destas pessoas será fundamental no novo trabalho do Tricolor.

– Estava muito claro que antes, ao longo da temporada, muitos jogadores não estavam comprometidos como deveriam. Por isso, decidimos fazer estas escolhas.

Oito contratações estão mapeadas

Com recursos escassos – o Joinville terá uma folha salarial em torno de R$ 350 mil -, o Tricolor não fará muitas contratações neste começo de temporada. Segundo Carlos Kila, oito nomes serão trazidos para dar experiência e sustentação aos jovens jogadores.

Entre as prioridades, estão um zagueiro pelo lado esquerdo, laterais (direitos e esquerdos) e atacantes de lado de campo. Um dos nomes confirmados pela diretoria é do experiente Lúcio Flávio, com passagens por Paraná e Coritiba. No ano passado, ele defendeu o ABC e participou do acesso da equipe potiguar à Série B. Aos 37 anos, ele seria a referência do time.

Tinga e Jael podem ficar

Com o processo de reciclagem do plantel em andamento, poucos atletas de 2016 vão permanecer na próxima temporada. O Joinville tinha interesse na manutenção do zagueiro Ligger, mas ele preferiu deixar o clube e acertou com o Fortaleza. Outros dois nomes ainda interessam: o volante Tinga e o atacante Jael.

Tinga já recebeu uma proposta da direção. No momento, ele avalia a oferta para decidir se irá ou não continuar. O atacante Jael só fica caso se readeque à atual situação financeira do Tricolor. O artilheiro da Série B deverá fazer uma oferta à diretoria em relação à esta mudança de patamar no salário.

O reinício dos trabalhos do JEC ocorre no dia 3 de janeiro, às 15 horas, no CT do Morro do Meio. Em 2017, o Tricolor jogará a Primeira Liga, o Campeonato Catarinense, a Copa do Brasil, o Brasileiro da Série C e a Copa Santa Catarina.