O carioca fez o que mais gosta no sábado. Lotou as praias, pulou Carnaval, molhou a garganta nos bares da Lapa e de Copacabana. Nem parece que existe uma greve de todos os segmentos policiais em andamento. Aliás, não são mais todos. Os policiais civis decretaram, na noite de sábado, a volta ao trabalho. Apenas oficializaram algo que já vinha acontecendo, porque as delegacias nunca pararam de funcionar, conforme constatou Zero Hora em giro pelos bairros do Rio.
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A paralisação policial definha depois que o governador Sérgio Cabral determinou medidas duras contra os grevistas. No 28º BPM (Volta Redonda), 129 policiais militares foram indiciados em Inquérito Policial Militar (IPM) por cometimento de crime militar ao instigar a greve. Desse número, 50 policiais chegaram a ser presos e depois foram liberados. No 10º BPM (Barra do Piraí), 200 policiais militares foram ameaçados de prisão administrativa ao se recusarem a sair em patrulhamento. O mesmo aconteceu no 22º BPM (Maré, Zona Norte do Rio), onde sexta-feira os PMs se recusaram a patrulhar. Todos vão responder a IPM.
No 2º Grupamento Marítimo (GMar) da Barra da Tijuca, um grupo de bombeiros faltou ao serviço e acabou detido. Outros também se apresentaram, em solidariedade aos colegas, para serem presos. No final, 123 guarda-vidas foram indiciados por falta ao serviço e todos estão presos administrativamente (dentro do próprio quartel).
Só na Barra parte dos salva-vidas não atuou. Nas outras praias, como Flamengo, Botafogo, Copacabana e Ipanema, os guarda-vidas atuaram normalmente.
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Para compensar a falta de PMs que aderiram à greve, o governo determinou que recrutas do Curso de Formação Alunos Policiais fossem patrulhar as ruas.