Seja na água ou na areia, a Praia da Joaquina é o lugar ideal para ficar sobre a prancha. As belas dunas que cobrem a orla ao longo dos 3 mil metros de extensão se tornaram um cartão postal do leste da Ilha de SC, em Florianópolis, e marcaram o início da prática local do sandboard. Enquanto isso, o mar agitado e as fortes ondas atraíram campeonatos mundiais de surfe na década de 80 e popularizaram ainda mais aquele pedaço do litoral que antes era praticamente inacessível.

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A praia permaneceu isolada até os anos 70, já que não havia acesso para automóveis e era necessário passar pelas dunas a pé para chegar ao mar. A situação começou a mudar no início daquela década com a abertura da estrada geral, hoje chamada de Avenida Prefeito Acácio Garibaldi São Thiago. Em 1975, a praia, enfim, passou a ser chamada oficialmente de Joaquina, denominação cercada de lendas e sem uma versão oficial.

Mas, apesar de ter sido “descoberta” por surfistas e turistas, a antiga Praia do Mar Grosso ainda guarda várias características de décadas atrás. A principal é a água, que continua clara, fria e ainda proporciona muitas ondas. Outra é a preservação da areia e da vegetação local, que chamam a atenção mesmo com o crescimento imobiliário nas proximidades.

Como chegar na praia da Joaquina

A praia da Joaquina tem apenas um acesso: a Avenida Prefeito Acácio Garibaldi São Thiago. Como não há alternativas de rota, os congestionamentos tornam-se comuns na temporada de verão e exigem paciência dos motoristas.

Quem estiver na região central por vir pelo Morro da Lagoa, na Rodovia Admar Gonzaga (SC-403) e continuar em direção à Avenida das Rendeiras, a principal via da Lagoa da Conceição. Depois, basta seguir até o final da rua e entrar à direita em um desvio que estará sinalizado. Após entrar na estrada principal, é só ir reto para chegar na areia.

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O acesso a partir do Sul da Ilha, que inclui o aeroporto, pode ser feito pela rodovia SC-405 e depois na Rua Vereador Osni Ortiga (SC-406). É possível percorrer a rodovia sem desvios até chegar no início da Avenida das Rendeiras. A partir dali o caminho é o mesmo: ir até o fim e cruzar à direita, seguindo reto pela geral da Joaquina.

O caminho muda ao sair do Norte da Ilha. Após entrar na rodovia João Gualberto (SC-406) ainda nos Ingleses, é possível descer reto por vários quilômetros, passando pelo Rio Vermelho, Barra da Lagoa e Praia Mole. Antes de entrar na Avenida das Rendeiras, haverá sinalização para virar à esquerda no caminho para a praia da Joaquina.

É necessário ir até o Terminal de Integração da Lagoa da Conceição (Tilag) para chegar de ônibus. Quem sair do Centro pode utilizar as linhas 320 e 330 para ir até o bairro. Ao chegar no Tilag, é necessário se deslocar até o final da plataforma e localizar à direita a placa “363 – Joaquina”. Após embarcar no ônibus, basta aguardar até o último ponto para chegar à praia.

Quem optar chegar à praia usando serviço de transporte por aplicativo irá desembolsar, ao menos, R$ 30 saindo da rodoviária e R$ 33 do aeroporto. Vale lembrar que os valores são estimados e podem ser afetados pela demanda do momento. Utilizando táxi, o preço deve sair pelo mínimo de R$ 46 partindo da rodoviária e R$ 57 ao sair do aeroporto.

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Características da praia?

Praticamente toda a infraestrutura da Joaquina se concentra nos primeiros 100 metros da praia, incluindo um chuveiro com ducha, os sete quiosques, os restaurantes, o aluguel de guarda-sol e o posto guarda-vidas. Depois, a orla da praia tem apenas dunas e a vegetação nativa.

Como não poderia ser diferente em um local que atrai muitos surfistas, o mar é agitado e com muitas ondas. A praia é de tombo, de forma que a profundidade aumenta de forma repentina por conta da inclinação da faixa de areia. A água é cristalina e nos dias de sol é possível ver o fundo do mar, além de ser limpa e própria para banho de acordo com as últimas cinco análises do Instituto do Meio Ambiente. Contudo, é bastante fria.

A faixa de areia da Joaquina é ligada ao Campeche, de forma que o visitante pode caminhar por cerca de três quilômetros para chegar até chegar à praia vizinha. Apesar da inclinação, a areia da praia é amarela e fina, sendo possível caminhar ou correr à beira do mar. Oficialmente, a Joaquina começa nas pedras do Ponta do Retiro e termina nas proximidades da Lagoinha Pequena, região do bairro Rio Tavares onde acabam as dunas.

Não há banheiro disponível para uso do público na praia. Os restaurantes e estabelecimentos próximos permitem que seus clientes utilizem o espaço de forma gratuita, cobrando R$ 2 a R$ 5 dos demais visitantes.

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Público que frequenta?

A Joaquina tem uma mistura de gerações. Há muitos jovens, principalmente surfistas, por causa do mar agitado e das grandes ondas. Por outro lado, a praia recebe um público fiel que frequentava o local nas décadas de 80 e 90, mas que agora cresceu e leva seus filhos.

O que fazer?

Mais de 20 anos após os grandes campeonatos de surfe, a Joaquina continua sendo uma das melhores praias de Florianópolis para a prática do esporte. Há poucos locais que alugam pranchas e o valor varia entre R$ 30 e R$ 40 por hora. Quem quiser aprender, pode fazer uma aula avulsa de 1h30min por R$ 85. Também é possível alugar o equipamento de stand up paddle por R$ 50 a hora para praticar nos dias que o mar estiver mais calmo.

Como a areia é dura, os banhistas podem caminhar e correr à beira do mar. A faixa de areia da Joaquina segue até a praia do Campeche, de forma que há um bom trecho em meio à natureza onde é possível praticar exercícios. Quem preferir descansar, pode alugar guarda-sol por R$ 15 a 20 e cadeiras por R$ 10 a R$ 15.

O ponto para as fotos é nas famosas pedras que ficam à esquerda da praia, local chamado de Ponta do Retiro. Lá é possível ter uma vista panorâmica do oceano e das dunas que cobrem a orla. Mas atenção: é preciso tomar cuidado para subir e descer para evitar acidentes nas pontas rochosas.

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Além do mar, quem visita a Joaquina também pode surfar nas dunas. É preciso voltar cerca de 200 metros e enfrentar uma subida leve para encontrar a estrutura com instrutores e aluguel de pranchas de sandboard. Logo em frente há uma subida sinalizada e com cordas, onde os visitantes podem se apoiar antes de descer pela areia, seja em pé ou sentado. O preço do aluguel da prancha é de R$ 30 por hora.

O que comer?

A praia tem sete quiosques credenciados pela Prefeitura, mas que operam com preços diferentes. O produto mais vendido é o pastel, que varia o preço entre R$ 10 e R$ 12 com recheios tradicionais e até R$ 18 para o de camarão. Já o tradicional milho verde costuma sair por R$ 5.

Também há opção de petiscos mais elaborados à venda nos quiosques. Meio quilo de camarão à milanesa custa R$ 90, enquanto as iscas de frango ou peixe saem por R$ 50. Uma dúzia de bolinhos de peixe ou de siri são vendidos por R$ 40. Já a porção de batatas fritas varia entre R$ 20 e R$ 25.

Há três opções para quem quiser algo mais leve. O sanduíche natural é vendido por R$ 10 e o copo com salada de frutas por R$ 15. Já o açaí em copo de 500ml e com recheio de granola, morango, banana, leite condensado e leite ninho pode ser encontrado na faixa de preço de R$ 15 a R$ 20.

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O que beber?

Como os preços mudam entre os quiosques, é possível encontrar a garrafa de água por R$ 4 ou R$ 5. A variação do preço da água de côco é de R$ 8 a R$ 10. A lata de refrigerante custa de R$ 5 a R$ 6 e também há opção de copos de 500ml de suco natural por R$ 10.

Os que não abrem mão da cerveja têm várias opções de marcas, com a lata custando entre R$ 5 e R$ 6 e a garrafa long neck de R$ 7 a R$ 10. Quem preferir um drinque irá pagar a partir de R$ 18 com a caipirinha e até R$ 30 com misturas de gin.

Estacionamento?

Há um estacionamento terceirizado pela Prefeitura seguindo à direita após fim da rua para a Joaquina, bem em frente à praia. O valor cobrado para carros é de R$ 5 por hora e R$ 25 para período de até 12 horas. Para motos, o preço é de R$ 3,50 por hora e R$ 17,50 por metade do dia. Um pouco antes há outros dois locais fechados para deixar o carro, nos quais o preço é entre R$ 20 e R$ 30.

Restaurantes próximos?

Como a maior parte da praia é protegida, há quatro restaurantes na orla e outros poucos ocupando parte da estrutura dos hotéis que ficam em frente à praia. E os pratos mais pedidos entre os estabelecimento são aqueles com frutos do mar, principalmente camarão e ostra.

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O campeão de vendas é a sequência de camarão, que varia entre R$ 60 e R$ 80 para uma pessoa. O camarão à milanesa, em porção para duas pessoas, sai por R$ 180 a R$ 196 dependendo do restaurante. Já o pescado acompanhado de arroz ou catupiri pode ser encontrado por R$ 162 e R$ 178 em prato para duas pessoas.

Outra opção é o filé de peixe, vendido a partir de R$ 76 e inclui acompanhamentos. A dúzia de ostras in natura pode ser encontrada entre R$ 30 e R$ 40. Outro pescado bastante vendido é a tainha, que sai por R$ 70 em porção para duas pessoas.

Quem preferir lanches sem frutos do mar pode encontrar uma padaria ou lanchonete nas proximidades. O preço dos salgados varia entre R$ 3 no caso do pão de queijo e chega a R$ 10 em um hamburgão com duplo recheio, passando por outras opções como folhados e calzones.