A Praça dos Três Poderes, em Brasília, passa por uma varredura antibombas entre a madrugada e manhã desta quinta-feira (14), segundo informações da CNN Brasil. A medida foi tomada após explosões ocorridas na frente da sede do Supremo Tribunal Federal (STF) e em um carro estacionado próximo à Câmara dos Deputados.
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Um robô especializado foi enviado ao local para auxiliar na operação da Polícia Militar do Distrito Federal. Há explosivos na área, segundo o porta-voz da PM-DF, Major Rafael Broocke, mas a quantidade e o tipo dos artefatos ainda são desconhecidos.
Não se sabe se são explosivos caseiros ou de natureza mais sofisticada, ainda conforme a CNN. Além disso, as autoridades não têm informações precisas sobre quantos dispositivos já foram detonados. Um detalhe preocupante é a presença de um timer junto ao corpo da vítima, o que, segundo o porta-voz, pode indicar a possibilidade de acionamento remoto de explosivos adicionais.
O expediente dos servidores do STF foi suspenso até o meio-dia no edifício-sede e nos anexos, onde estão localizados os gabinetes dos ministros. A Câmara dos Deputados também está com sessões suspensas até o meio-dia. Uma varredura no perímetro ao redor do Palácio do Planalto, sede presidencial, não encontrou explosivos nem outra ameaça.
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Reconstituição do cenário
Peritos criminais da PF vão investigar as explosões ocorridas na noite desta quarta-feira (13) com estratégia semelhante à reconstrução de cenário na identificação dos crimes de 8 de janeiro do ano passado, quando os prédios do Três Poderes sofreram ataques golpistas, segundo a Agência Brasil.
Entre os primeiros procedimentos que os peritos da PF devem fazer no local estão a identificação de todos os vestígios, além de uma identificação das imagens da área com ferramentas tecnológicas 3D a fim de compreender, em detalhes, a dinâmica do ataque.
Os peritos criminais da Polícia Federal atuarão nas investigações das explosões na Praça dos Três Poderes e no Anexo 4 da Câmara dos Deputados. Profissionais do Instituto Nacional de Criminalística (INC), que são especialistas em perícias de locais de crime e bombas e explosivos, foram acionados logo depois da ocorrência. A PF abriu inquérito para investigar o caso.
Os vestígios coletados serão posteriormente analisados para identificar e confirmar o tipo de explosivo utilizado, a possível origem e outras evidências que possam indicar se a ação foi planejada e se teve participação individual ou em grupo.
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Quem é Francisco Wanderley Luiz
A Polícia Federal (PF) confirmou que o homem que morreu na Praça dos Três Poderes após duas explosões é Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, natural de Rio do Sul.
Natural de Rio do Sul, no Vale, Francisco foi candidato a vereador pelo PL nas eleições de 2020, mas não foi eleito. Ele era o dono do carro que explodiu, um Kia/Shuma prata, emplacado em Palhoça.
Segundo a Polícia Civil, Francisco alugava uma casa em Ceilândia, nas proximidades de Brasília. Documentos dele foram encontrados na casa.
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Conhecido como Tiü França, Francisco era chaveiro, casado, e tem 59 anos. Ele concorreu ao cargo de vereador de Rio do Sul em 2020. Nas redes sociais dele, mensagens radicais foram encontradas e, agora, a PF deve investigar o caso, que foi relacionado ao inquérito das milícias digitais.
Segundo a Globonews, Francisco participou de uma visita pública ao prédio da Câmara e do Supremo Tribunal Federal (STF) durante a semana.
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