A audiência do processo que apura o assassinato da universitária Mara Tayana Decker, 19 anos, começou por volta das 10 horas desta quarta-feira com previsão de seguir até o fim da tarde, no Fórum de Joinville. Mais de 20 testemunhas serão ouvidas entre esta quarta-feira e quinta-feira, quando a audiência terá sequência.
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Os depoimentos iniciam com as testemunhas convocadas pela acusação, começando com o delegado Paulo Reis, responsável pelas investigações que garantiram a prisão preventiva do acusado Leandro Emilio Soares, 27 anos, réu confesso no caso.
Ele também está presente no Fórum e deve acompanhar os depoimentos das testemunhas que não fizerem oposição à presença dele. Ao ser conduzido até a sala de audiências, Leandro caminhou calado.
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Em depoimento, o delegado Paulo Reis precisou de poucos minutos para reforçar as conclusões da investigação: conforme o inquérito policial, Leandro deixou Mara em cárcere privado por horas, enquanto a estuprava, antes de matá-la.
– Apenas confirmei o que já tínhamos concluído quando encerramos o inquérito policial -comentou.
A mãe de Mara, Luisa Ribeiro, também já prestou depoimento na manhã desta quarta-feira. Ela fez questão que Leandro continuasse na sala de audiências durante os questionamentos.
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– Ele matou a minha filha. Mas, pra mim, ele não significa nada, é um monstro. Só quero justiça. Eu queria ver a cara dele e falar o tipo de homem que ele é, falar o que eu precisava – desabafou.
Após o depoimento da mãe de Mara e de uma ex-companheira do réu, Leandro foi retirado da sala de audiências.
Segundo a juíza da 1ª Vara Criminal, Karen Reimer, a expectativa é de que a sentença de pronúncia, decisão que determinará se Leandro irá ou não a júri popular, seja tomada de dois a quatro dias após os depoimentos.
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Pesa contra ele uma denúncia por cinco crimes: homicídio quadruplamente qualificado, estupro de vulnerável, ocultação de cadáver, cárcere privado e posse ilegal de munição de uso permitido. Se condenado, pode pegar até 59 anos de cadeia.
O caso
Leandro e Mara foram vistos juntos na madrugada do dia 1º de maio, após deixarem um bar da Via Gastronômica, no Centro de Joinville. Dois dias depois, a jovem foi encontrada morta na casa do acusado, no bairro Guanabara, após ser considerada desaparecida.
Leandro chegou a ser considerado foragido, mas se apresentou à polícia e confessou que matou a jovem e passou a esquartejá-la na tentativa de esconder o corpo.
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