Depois da entrada de Maycon César no Partido Popular Socialista (PPS), bastaram apenas duas sessões para a sigla ruir na Câmara de Vereadores.
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Dividido entre o apoio ao governo de Udo Döhler (PMDB) e a oposição, os três parlamentares do partido travaram intensa discussão nesta terça-feira, rachando ainda mais a sigla, que já tem histórico de expulsões e disputas internas.
As divisões começaram quando, no ano passado, o deputado estadual Sandro Silva e o vereador Levi Rioschi levaram, sem a anuência do vereador Dorval Pretti (que apoia Udo), Maycon César para o partido.
A justificativa era de que o ingresso serviria para aproximar Maycon da base governista. Recém-chegado ao partido, Maycon deu apoio a Levi para ser colocado como líder de bancada – com o poder de indicar nomes para as comissões – no lugar de Pretti.
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Na segunda, o vereador contra-atacou com um e-mail de poucas linhas da presidente estadual do PPS, a deputada Carmen Zanotto, indicando-o para o posto.
Além disso, ao desistir da vaga de 1º-secretário da casa, Pretti poderia ser nomeado nas comissões mais relevantes
Diante do impasse, Maycon e Levi se juntaram a Odir Nunes (Solidariedade) e criaram um bloco parlamentar, não dando chances para que Dorval mantivesse a liderança da bancada. Sob protestos, o parlamentar e a base governista acataram a brecha do regimento interno.
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– Estão achincalhando com o PPS. Somos todos homens barbados, e não crianças correndo pelo jardim de infância. É uma vergonha – reclamou Pretti.
Ao fim da dessão, o bloco parlamentar firmado entre PPS e SDD dividiu-se pelas comissões principais, com Odir Nunes ocupando a vaga na Legislação, Maycon na Finanças, Levi Rioschi na de Urbanismo e Pretti na de Participação Popular.
Após a disputa, Levi tentou fazer um afago em Pretti, que ao tentar cumprir as solicitações da Prefeitura se viu em uma guerra regimental.
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– Respeito o vereador. Ele é meu irmão. Discussões como essa são normais e é como discussão entre marido e mulher, que ninguém deve botar a colher – falou Levi, diante das risadas
dos outros parlamentares.
Após a briga, os vereadores definiram as presidências de seis comissões. O comando de outras duas deve ser acertado hoje.