O presidente estadual do PP catarinense, Joares Ponticelli, e o deputado federal Esperidião Amin não acreditam que a crise atual por conta da Operação Lava-Jato se estenda até 2016 e possa impactar no resultado das eleições municipais do ano que vem. Não por ser uma denúncia de pouca gravidade, mas porque ainda devem ocorrer novos desdobramentos em relação às investigações, e a outros partidos.
Continua depois da publicidade
Leia mais:
::: PP catarinense estuda afastar João Pizzolatti da direção estadual
::: Deputados negam participação e dizem que foco é “comprovar inocência”
::: Defesa de Barusco pede para que depoimento seja a portas fechadas
Continua depois da publicidade
– Eu não acredito que nos outros partidos só tenha aquilo de nomes. Qual foi o azar, ou a sorte, do PP? Já se foi dito tudo que sabia. Ali está a delação premiada do indicado por alguns parlamentares nossos. Não tenho nenhuma dúvida que, se os indicados por eles (PT e PMDB) também fizerem delação premiada, essa lista vai aumentar e muito – diz o presidente estadual do PP, que também criticou a ausência de denúncias contra os ex-presidentes da Petrobras.
A avaliação de Amin é semelhante. Para ele, as denúncias atuais são apenas “a ponta do iceberg” e novos nomes, agora em sua maioria de outros partidos, devem vir à tona. Por enquanto, o PP é o partido com mais nomes entre as denúncias decorrentes das investigações da Operação Lava-Jato – são 32 da legenda entre os 47 citados.
Do partido em Santa Catarina, aparece envolvido no escândalo de desvios de recursos da Petrobras o ex-deputado João Pizzolatti (PP). Ele é citado em seis pedidos de abertura de inquéritos da Lava-Jato.
Em Santa Catarina, o PP é um partido que tem representação política nos pequenos, médios e grandes municípios, assim como o PMDB. Essa é uma força que pode ajudar a minimizar eventuais impactos da repercussão negativa nas eleições. Mas o deputado federal faz um alerta:
Continua depois da publicidade
– Se nós quisermos disputar bem a eleição do ano que vem, temos que fazer um esforço de filiação partidária até setembro deste ano. Isso pode ser prejudicado se o partido der o assunto por encerrado (da forma como está). Afeta a legenda perante a opinião pública e tem que ser discutido – disse Amin.
Leia também:
::: Convocado pelo WhatsApp, “panelaço” deve reforçar protestos contra Dilma
::: Deputada pede convocação na CPI de todos os citados na lista da Lava-Jato