Os novos desdobramentos da Lava-Jato em Santa Catarina não devem repercutir internamento no PP, na avaliação de lideranças do partido. A avaliação geral é de que deve-se aguardar as próximas etapas na Justiça antes que qualquer decisão seja tomada em relação ao ex-deputado João Pizzolatti (PP), que foi alvo de mais uma ação da Polícia Federal nas investigações da Lava-Jato.

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– Aqueles que devem e não provarem sua inocência, os que forem considerados culpados, devem ser punidos – disse o presidente em exercício do PP catarinense, Silvio Dreveck.

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O deputado federal Esperidião Amin (PP) tem posição semelhante. Acredita que o caso ainda precisa ter seus desdobramentos judiciais para que algo possa avançar em relação à situação atual.

– O que pode acontecer daqui para frente, com os meus companheiros de partido, são duas hipóteses. Haverá aqueles que terão o processo de investigação arquivado e haverá aqueles que serão denunciados. Enquanto não ocorrer nem o arquivamento quanto o processo de denúncia, não há o que fazer – disse o deputado Esperidião Amin, principal liderança do PP catarinense em Brasília.

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Ele lembra também que o PP aprovou nacionalmente uma regra para que todos que tiverem denúncia aceita dentro das investigações da Lava-Jato, terão que se afastar de suas funções dentro do partido. No caso de Santa Catarina, isso até já aconteceu antes mesmo de a denúncia ser aceita.

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Se não tivesse se afastado da direção do partido, Pizzolatti estaria hoje como presidente, de forma interina. Ele era vice-presidente da legenda no Estado, mas se afastou do cargo pouco após a divulgação da “Lista de Janot”, com os nomes dos políticos que seriam investigados pelo MPF e pela PF. O presidente eleito, Joares Ponticelli, está em viagem particular e volta ao Estado apenas no final de semana.

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Em relação a possíveis prejuízos para a campanha eleitoral de 2016, em que o PP disputará prefeituras em Santa Catarina, a avaliação é de que o envolvimento de Pizzolatti na Lava-Jato não irá afetar os resultados juntos ao eleitorado.

– Ele não é candidato a nada e nós do partido separamos o joio do trigo – resumiu Dreveck sobre o assunto.

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