A volta do governador Raimundo Colombo (PSD) a Santa Catarina após 10 dias de férias nos Estados Unidos reforçou as conversas de bastidor sobre a reforma do secretariado, prevista para fevereiro. Mas, se uma das intenções do governador com as mudanças é achar espaço para acomodar o PP, pode deixar alterações mais bruscas para depois. O próprio partido acredita que ainda não é o momento certo para ganhar cargos no primeiro escalão.

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Um dos maiores defensores da aproximação dos pepistas com o governo Colombo, ainda em janeiro do ano passado, o presidente estadual da sigla, Joares Ponticelli (PP), afirma que a maioria do partido defende que o ingresso no secretariado seja realizado depois de definidas as coligações ou, até mesmo, após as eleições municipais de outubro.

– Eu percebo na maioria do partido a visão de que nós não devemos participar com cargos neste momento. Ainda é apenas uma mini-reforma. Depois de definidas as coligações ou da eleição, a situação vai estar mais clara – acredita o deputado estadual.

Ponticelli é apontado como nome para a Secretaria de Educação, em substituição ao deputado federal licenciado Marco Tebaldi (PSDB). O pepista garante que não recebeu convite ou sondagem para assumir o cargo.

– Se houver o convite, nós vamos debater internamente se este é o momento certo – afirma.

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Enquanto isso, o governador Raimundo Colombo – que chegou ao Estado na tarde de quarta-feira _ passou a quinta-feira em Lages, com os telefones desligados. Pela manhã, concedeu entrevista à Rádio Clube de Joinville em que tratou da reforma do secretariado. Segundo Colombo, a reforma tem o objetivo de impedir a disputa eleitoral contamine o governo e que por isso está antecipando a saída dos secretários que serão candidatos para fevereiro. Negou já ter iniciado as negociações.

– Não falei com nenhuma pessoa. Não sondei, não procurei, isso é especulação. Farei isso mais para a frente. Tudo que está no jornal não partiu de mim – disse o governador.