Por Paulo Saldaña
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) manteve neste domingo (22) um discurso de minimizar as medidas de restrições de circulação e consequente atividade econômica tomada por governadores.
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Segundo Bolsonaro, o povo saberá que foi enganado pelos governadores e pela mídia na crise do coronavírus.
— Brevemente o povo saberá que foi enganado por esses governadores e por grande parte da mídia nessa questão do coronavírus – disse Bolsonaro em entrevista à TV Record, veiculada na noite deste domingo.
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— Espero que não venham me culpar lá na frente pela quantidade de milhões e milhões de desempregados na minha pessoa.
Bolsonaro disse que a população não pode entrar em pânico e que doenças como essa costumam ocorrer.
— Mais importante que a economia é a a vida. Mas nós não podemos extrapolar na dose, com o desemprego aí, a catástrofe será maior.
Neste sábado (21), Bolsonaro acusou governadores, a quem chamou de irresponsáveis, de quererem aumentar a taxa de desemprego no país ao restringirem a atividade econômica com medidas de precaução contra a pandemia do coronavírus.
— No momento, a minha grande preocupação é com a vida das pessoas, bem como com o desemprego que é proporcionado por esses governadores irresponsáveis – afirmou ele, em entrevista à CNN Brasil.
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A crítica é uma referência às gestões dos governadores João Doria (PSDB-SP) e Wilson Witzel (PSC-RJ), que decretaram o fechamento de serviços não essenciais, assim como Carlos Moisés da Silva (PSL), ex-aliado do presidente, em Santa Catarina.
Questionado sobre o estado de quarentena anunciado por Doria em São Paulo, Bolsonaro chamou o governador tucano de "lunático".
Em uma rede social, Doria respondeu: "@jairbolsonaro chama coronavírus de gripezinha e eu que sou lunático? Lidere seu País, presidente. Faça seu papel. Os governadores do Brasil estão fazendo o seu".
Bolsonaro tem minimizado os impactos da doença no Brasil desde fevereiro, quando o primeiro caso foi registrado no país.
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Apesar de o vírus ter infectado 24 pessoas que estiveram com o presidente nos Estados Unidos, no início de março, Bolsonaro se nega a divulgar os resultados de seus testes que, segundo ele, deram negativo.