O ministro da Fazenda, Guido Mantega, defende as mudanças realizadas nas regras de remuneração da poupança são as mais simples possíveis e preservam os interesses e direitos da maioria dos poupadores. Destacou a simplicidade dos depósitos, a rentabilidade mensal, a liquidez imediata e isenção do Imposto de Renda (IR).

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A argumentação ocorre nesta terça-feira em audiência pública no Congresso da Comissão Mista da Medida Provisória nº 567, que trata justamente dessa alteração.

– A poupança continua uma aplicação segura e a mais interessante para a economia brasileira. Todas as vantagens e virtudes do instrumento continuam, só mudaram as regras de remuneração dos novos depósitos – conclui.

Mantega disse que a poupança era e continua sendo uma das aplicações mais interessantes e seguras para os pequenos e médios poupadores, que têm condições de ter uma remuneração maior ou igual a de grandes investidores que estarão em outros instrumentos.

– Fizemos a menor mudança possível, que pudesse ser compreendida por todos. E não houve prejuízo para a população. Os direitos foram mantidos – afirmou.

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Segundo o ministro, depois que entrou em vigor a nova regra, houve aumento de depósitos, o que mostra que a população está satisfeita. Ainda para Mantega, com a queda na Selic, os fundos de investimentos acabam ficando em desvantagem em relação à rentabilidade da poupança, gerando o risco de migração.

– A poupança seria um refúgio para grandes investidores buscarem rendimento maior. Com isso teríamos um problema de engessamento das taxas de juros, haveria esse piso para a queda da Selic – explicou aos parlamentares.

Além disso, acrescentou Mantega, o Tesouro Nacional não conseguiria colocar seus títulos no mercado para a rolagem da dívida a juros menores, pois também competiria com a caderneta.

– Esse impedimento geral para queda dos juros seria prejudicial a toda a economia brasileira. Reduzir a taxa de juros aumenta o poder aquisitivo da população e reduz os encargos da dívida pública – completou.

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Para Mantega, “a esmagadora maioria” da sociedade brasileira se beneficia com a queda das taxas de juros, inclusive os poupadores que também financiam as compras de eletrodomésticos, carros e imóveis.

– Não pode haver descompasso: de um lado aplicadores ganhando taxas elevadas e de outro a economia girando a taxas menores. Não pode haver essa distorção – afirmou.