As potências mundiais devem pressionar por duras sanções das Nações Unidas contra a Síria que obriguem o regime de Bashar al-Assad a cumprir com o plano de paz da ONU. A afirmação foi da secretária americana de Estado, Hillary Clinton, reunida com chefes da diplomacia em Paris, para tentar manter a pressão sobre Damasco.
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– Precisamos começar a nos mover com mais energia no Conselho de Segurança para que adote uma resolução sob o capítulo 7 com sanções que incluam viagens, finanças e um embargo de armas – disse Hillary.
O regime Assad se comprometeu em diversas ocasiões a implementar este plano, mas diplomatas da ONU denunciam a falta de cooperação de Damasco. As Nações Unidas devem decidir nos próximos dias se as condições no terreno permitem uma expansão gradual da missão de observadores, tal como propôs Ban Ki-moon em uma carta ao Conselho de Segurança da ONU.
Diante dos conflitos que deixaram mais de 120 civis mortos durante a semana posterior ao cessar-fogo, que é violado diariamente na Síria, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, recomendou o envio de uma equipe de 300 observadores ao país, mas afirmou que ainda acredita em uma chance de progresso.
Depois de vacilar, Damasco assinou nesta quinta-feira o protocolo que organiza o trabalho dos observadores enviados pela ONU para monitorar a trégua. Uma das condições para o exercício da missão, no âmbito do plano do emissário internacional Kofi Annan, é a liberdade de movimentação.
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Falando no Conselho de Segurança, o chefe da ONU insistiu que a Síria deve garantir a liberdade total de movimento aos observadores. Enfatizou que a decisão de enviar essa missão de observadores “pode contribuir para alcançar uma paz justa e um acordo político que reflita a vontade do povo sírio”, mas, para isso, pediu “a plena cooperação do governo sírio”.