A interdição do posto de saúde Estevão de Matos, no bairro Paranaguamirim, anunciada pela Vigilância Sanitária de Joinville e pelo Centro de Referência da Saúde do Trabalhador (Cerest) na segunda-feira, pegou de surpresa a população na terça.
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Desde cedo, dezenas de moradores do loteamento da zona Sul que buscaram consultas e medicamentos no posto deram de cara com as portas fechadas e o adesivo que avisava da interdição.
O fechamento por problemas estruturais no prédio contribuiu para aumentar a procura no posto mais próximo, o do loteamento Jardim Edilene. A unidade fica a quase dois quilômetros do posto interditado. Segundo a Saúde municipal, o atendimento de moradores no zoneamento do Estevão de Matos ocorrerá das 13 às 19 horas. Os moradores do Jardim Edilene serão atendidos das 7 às 13 horas.
A auxiliar de produção Natalina Arruda Rodrigues, 40 anos, foi na terça-feira, como faz todos os meses, buscar três remédios contra hipertensão no posto do Estevão de Matos. Saiu de casa com a receita na mão, mas voltou sem os medicamentos.
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– Vou ter que comprar na farmácia, né -, lamentou.
A Secretaria Municipal da Saúde informou que o atendimento em dois turnos no Jardim Edilene será provisório. O imóvel que receberá o posto do Estevão de Matos, na rua João de Souza com a Antônio Leit, já foi escolhido e passa por reformas para receber os equipamentos de saúde.
A mudança ainda não tem data marcada, mas a Saúde garante que está entre as prioridades da enfermeira Antônia Grigol, que assume nesta quarta a pasta. Entre os principais problemas do imóvel onde funcionava o posto no Estevão de Matos, segundo a Vigilância e o Cerest, estão rachaduras no piso e nas paredes, além da falta de acessibilidade para cadeirantes.
Mesmo que provisório, o turno dobrado no posto do Jardim Edilene pode trazer filas ao atendimento. Uma atendente da unidade reconheceu a preocupação com a demanda e a quantidade de pessoas que circularão por ali diariamente. Hoje, são mais de 150 atendimentos por dia. Agora, a redução do horário deixará a espera mais longa. Na terça, mais de 30 pessoas aguardavam por atendimento.
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– Normalmente o posto já é lotado -, destaca a servidora, que preferiu não se identificar.