O governo afegão se prepara para assinar nesta quinta-feira um projeto de acordo de paz com o chefe de guerra Gulbudin Hekmatyar, que permitiria o retorno a Cabul e à política de um dos piores criminosos de guerra do país.
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Hekmatyar, à frente do grupo rebelde Hezb-i-Islami, o segundo mais importante do país que atualmente quase não opera, vive escondido há anos. É um dos chefes afegãos que o governo tenta fazer com que volte à política.
Este acordo representaria uma vitória simbólica para o presidente Ashraf Ghani, cujos esforços para relançar as negociações de paz com os talibãs foram em vão até agora.
O Alto Conselho para a Paz, organismo governamental a cargo das negociações para a reconciliação nacional, indicou nesta quinta-feira em um comunicado que após dois anos de negociações alcançaram um acordo com o Hezb-i-Islami.
“Este acordo entrará em vigor depois de sua assinatura pelo presidente Ghani e pelo estimado emir do Hezb-i-Islami do Afeganistão, Gulbudin Hekmatyar”, acrescenta.
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As negociações com o Hezb-i-Islami estavam estancadas até agora pelas dissenções dentro do governo sobre o texto final.
Hekmatyar, um sexagenário veterano da jihad antissoviética, é acusado de ter matado milhares de pessoas em Cabul durante a guerra civil dos anos 1990, quando era primeiro-ministro.
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