Trabalhadores portuários realizam na manhã desta sexta-feira protestos em diversas cidades do país contra a implantação da MP 595, proposta do governo para alterar as regras de concessão e investimentos nos portos brasileiros. Em Porto Alegre, 150 trabalhadores paralisaram as atividades na manhã desta sexta-feira. Conforme o Presidente do Sindicatos dos Portuários da Capital, o fechamento do porto vai até às 13h30min. Nova manifestação está marcada para a próxima terça-feira (26), quando a categoria inicia nova paralisação por volta das 13h30min com previsão de encerramento do manifesto às 19h30min.

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Em Rio Grande, quase 500 funcionários cruzaram os braços. Quatro navios estão atracados, sem operar. No porto de Santos, a Companhia Docas do Estado de São Paulo informou que, apenas três estão operando, pois conseguem realizar o embarque e desembarque de forma automatizada, sem mão de obra. Em Paranaguá, no Paraná, há 16 navios atracados, sem operar.

No Rio, a manifestação começou por volta das 7h e contou com a presença de cerca de 100 trabalhadores que ocuparam parte da Av. Rodrigues Alves, na zona portuária. Os manifestantes caminharam pela pista no sentido Avenida Brasil, provocando lentidão no trânsito na zona norte e no centro da capital.

De acordo com o Sindicatos dos Estivadores, também foram realizados protestos nos portos de Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santos, Santa Catarina, e Sergipe.

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Os portuários questionam alguns pontos da Medida Provisória (MP) apresentada pelo governo em dezembro de 2012 e que tramita na Congresso Nacional. A MP 595 estabeleceu R$ 56 bilhões de investimentos no setor e definiu alterações na regulamentação do setor. Segundo os trabalhadores, as mudanças permitiriam uma abertura de mercado a novos profissionais não cadastrados no õrgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo), o que traria prejuízos salariais para a categoria.