O Complexo Portuário do Itajaí, que integra os portos de Itajaí e Navegantes, chegou neste domingo ao quarto dia de manobras suspensas pelas condições meteorológicas — uma combinação de ventos fortes e mar revolto que torna as operações arriscadas.

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Até a tarde de domingo, 11 navios aguardavam a reabertura do canal de acesso, quatro atracados nos terminais locais e outros sete fundeados em alto-mar, esperando para entrar.

Pelo menos uma escala foi cancelada devido à inoperância do canal. Foi um navio da Maersk, que deveria atracar no Porto de Itajaí mas seguiu para a Argentina.

Ainda não há uma estimativa do total de perdas causadas pelo fechamento, e a tendência é o complexo manter os números em sigilo. Mas sabe-se que cada navio parado tem um prejuízo de até US$ 50 mil por dia. Sem contar o impacto para o restante do trade, só no domingo a perda chegou a R$ 1,7 milhão.

Os fechamentos do canal por questões meteorológica custam caro a Itajaí e Navegantes. Dois anos atrás o empresariado ensaiou uma campanha pela compra de um correntômetro, equipamento que melhora a indicação de parâmetros para manobras para a Praticagem e a Marinha. A aparelhagem não é capaz de evitar o fechamento em condições como as de agora, mas pode permitir a retomada das operações em segurança com maior rapidez. Na época o custo era de US$ 180 mil, um preço razoável pela extensão do problema — mas a campanha não vingou.

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