Em busca de lugar para receber turistas na Copa de 2014, o governo do Ceará decidiu ampliar o porto de Mucuripe, em Fortaleza, com capacidade de receber transatlânticos ou navios-hotéis.
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O problema vem sendo o humor marítimo. Os quatro meses de ressaca – chamada também de “swell” -, somados a uma greve de 20 dias dos operários, atrasaram o cronograma e as empresas responsáveis pela obra já pedem ao governo para postergar a entrega e aumentar o custo da obra, orçada em R$ 149 milhões.
– Ainda não sabemos afirmar qual foi o impacto do fenômeno, mas por ter sido atípico, há a possibilidade de alteração no valor da obra – confirma o presidente da Companhia Docas do Ceará, que administra o porto, Paulo André Holanda.
O empreendimento está marcado pra ser entregue em dezembro, mas está 60% concluído. Durante a ressaca, a produtividade dos operários, que trabalham dentro do mar, caiu, explica Holanda. Duas empresas de turismo já visitaram o porto fortalezense para conhecer o terminal e avaliar a possibilidade de atracar um navio-hotel durante a Copa.
Com a reforma, o Porto do Mucuripe irá disponibilizar de um cais de atracação de 350m de cumprimento e 13m de profundidade, que possibilitará receber, por vez, um grande transatlântico ou dois navios de médio porte. A obra também inclui a construção de um terminal de passageiros – que será explorado pela iniciativa privada-, com espaço para check-in e check-out, área de bagagens e estacionamento, além de um pátio para o armazenamento de cargas, com cerca de 40 mil m² de área. O governo estadual planeja ligar o porto à cidade por um veículo leve sobre trilhos (VLT).
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