Um novo ônibus com imigrantes haitianos deve chegar ao Rio Grande do Sul nos próximos dias. O coletivo saiu do Acre no início da tarde desta quarta-feira e terá como destino seis capitais brasileiras, entre elas Porto Alegre. Ainda não há previsão de data e horário da chegada, informações que serão confirmadas somente quando o ônibus sair de Florianópolis, a penúltima cidade do roteiro.
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Conforme Ângela Albino, secretária de Assistência Social de Santa Catarina, a capital gaúcha vai receber a maioria dos 44 passageiros. Serão 21 haitianos desembarcando na Rodoviária de Porto Alegre, sendo 19 homens e duas mulheres. O número, segundo ela, foi repassado de forma oficial pelo Ministério da Justiça. No entanto, a Secretaria Municipal de Direitos Humanos da Capital ainda não confirmou a informação.
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Florianópolis receberá 10 imigrantes, sendo nove homens e uma mulher, conforme o cronograma. Os outros 13 haitianos estarão divididos entre Porto Velho (RO), Cuiabá (MT), Campo Grande (MS) e Curitiba (PR).
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Em Porto Alegre, eles serão recebidos por uma equipe da Secretaria Municipal de Direitos Humanos, que conta com intérprete. A tendência é de que alguns fiquem em casas de parentes ou amigos. Outros podem ir até para o interior do Estado, como já aconteceu em outras oportunidades.
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Os haitianos que não tiverem para onde ir serão abrigados no Centro Vida Humanístico, que fica na Zona Norte da cidade, e está equipado para atender a cem pessoas – capacidade que pode até ser triplicada. O secretário Luciano Marcantônio diz que o espaço ainda precisa de doações de colchões, material de higiene e cobertores.
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A estrutura do centro é precária, mas os haitianos podem dormir sem passar frio, têm banheiros, refeitório e área de convivência. Uma equipe composta por intérpretes e servidores das áreas da saúde e direitos humanos está à disposição.
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Especial: Inferno na Terra Prometida
Estimulados pela esperança de encontrar emprego e melhores condições de vida, dezenas de milhares de estrangeiros, principalmente haitianos, investem o pouco que têm para chegar ao Brasil. Enfrentam voos e horas de viagem de ônibus, roubos, achaques e todo tipo de incertezas. Deparam com a precariedade de abrigos onde chegam sem, muitas vezes, saber onde estão e para onde vão.
Zero Hora embarcou nesta jornada de imigração que termina, em alguns casos, no Rio Grande do Sul. Clique aqui e confira o especial completo Terra Prometida:
Inferno na terra prometida
*Zero Hora